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Colher chinesa de salmão com sagu de shoyu e broto de beterraba – uma receita de chef, fácil e para impressionar.

Anacreon de Téos

Panela do Anacreon

Aprenda a fazer caviar em casa. De sagu, como descobriram os chefs

19/05/2021 15:02
Cozinho todo fim de semana. Aliás,
cozinho praticamente todo dia, como consequência dessa reclusão imposta pela
pandemia.
Mas no domingo é sempre algo
especial, faço o almoço na casa da minha mãe – no pique de seus 91 anos -, para
uma aglomeração de quatro familiares, seguindo todos os protocolos
recomendados.
Conversamos durante a semana e
definimos o cardápio, que, se depender dela, vai ter sempre salmão (salmon,
como dizem os mais antigos) e camarão. Foi exatamente o que tivemos nesse
último. Um Conchiglione recheado de creme
de camarão
(Conchiglioni alla crema di gamberi) de prato principal e, de
entrada, Colher chinesa de salmão com
sagu de shoyu e broto de coentro
, baseado em uma receita da sempre criativa
chef Renata Vanzetto – que abriu há pouco tempo seu novo restaurante em São
Paulo, o Mi-Ado.
Sou fascinado pelas tais “pérolas”
de sagu – ou “caviar” de sagu, como alguns chefs chamam. Palavra que, no
início, tentei fazer algumas vezes e em várias delas deu enrosco. Ou no ponto
ou no cozimento ou na apresentação final, coisas assim.
Mas, quando começou a dar
certo, virou um talismã para finalizar alguns pratos, principalmente crus. As bolinhas
substituem – pelo menos no visual – as ovas que os restaurantes orientais
costumam utilizar para finalizar seus pratos. E, cá entre nós, são
infinitamente mais baratas.
A primeira receita que vi era
do chef multimídia Claude Troisgros e ele chamava de “caviar de tapioca”. Ele
mesmo já publicou a utilização do recurso em várias receitas, com haddock, com
atum e até como entradinha, como se fosse um sushi. É um método diferente de
fazer na comparação com o utilizado pela Renata Vanzetto, o escolhido por mim
para fazer no domingo passado.
Ambos funcionam bem, requerem
alguns cuidados, alguma observação, mas podem, sim, integrar o cardápio de cada
um de nós.
Vou fazer assim, então:
publico a receita do prato completo da chef e aí, separadamente, só a do sagu
do chef. E aí cada um pode comparar e escolher a melhor combinação.
Pode ser?
Então vamos às receitas.
  • 12 lâminas de salmão fresco
  • 1 xícara de sagu
  • 200 ml de saquê
  • 100 ml de shoyu
  • 50 ml d’água
  • Broto de beterraba, limão e tabasco a gosto
  1. Cozinhe o sagu com o shoyu, a água e o saquê por aproximadamente 30 minutos, sempre mexendo, para que não grude no fundo. Caso seque, mas ainda esteja meio duro, acrescente mais um pouco d’água.
  2. E vá pondo água até chegar no ponto, bem molinho por fora, mas al dente por dentro. Fica uma pequena bolinha branca no meio do sagu. É correto.
  3. Deixe esfriar. Coloque numa peneira e passe pela água corrente, para eliminar todo o amido que fica em volta do sagu, grudando as bolinhas. Quando estiverem soltas estará pronto.
  4. Em uma colher chinesa ou em um pequeno pires, disponha a lâmina de salmão, uma gota de limão, uma gota de tabasco, o sagu e o broto de beterraba.
  • 500g de sagu
  • ½ litro de molho de soja
  • Sal a gosto
  • Tabasco a gosto
  • Um fio de azeite
  • 1 pitada de açúcar
  1. Ferva 2 litros de água e coloque o sagu para cozinhar, em pequena ebulição, até ele ficar transparente e cozido, cerca de 20 minutos.
  2. Peneire e lave bem o sagu em água corrente, para retirar toda a fécula.
  3. Coloque numa vasilha de inox, cubra com ½ litro de molho de soja e deixe na geladeira durante 24 horas.
  4. O molho de soja vai se incorporar ao sagu, formando bolinhas pretas e salgadas, parecidas com caviar.
  5. Depois, é só temperar com sal, tabasco, azeite (para dar brilho) e, se necessário, uma pitada de açúcar.
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