Guilherme Rodrigues
Notas Báquicas
Vinhos rosés para brindar o novo ano e o sol do verão do recomeço
Em 2022, a vida começa a voltar e, aos poucos e com cuidado, as pessoas passam a retomar seus hábitos. Do estimulante e indispensável convívio, os restaurantes abrem-se ao público afluente a encher suas mesas. Os receios começam a ceder e desanuviar.
E os vinhos, que tanto conforto trouxeram nos tempos de reclusão, voltam a jorrar também nos ambientes abertos, seja ao ar livre ou debaixo dos tetos. E passam a ser desfrutados com mais entusiasmo e ânimo.
Que 2022 seja marcado pelo retorno da vida, exorcizados de vez os demônios que nos infernizaram durante a pandemia. Eis aí a maior tendência no mundo dos vinhos para o Ano Novo.
"O renascimento dos costumes e padrões de convívio dos bons tempos da vida sadia".
Em harmonia com essa mais do que desejada e salutar tendência, a Pinó brindou os leitores e o fim do ano passado com as cintilantes e estimulantes borbulhas do Champagne. B
om, agora que passou o solstício e entramos no verão, vamos pensar nos vinhos para a nova estação. Tempos de sol e calor, ideais para os vinhos mais casuais.
Mas sempre, não importa o preço, que sejam de boa qualidade e sabor, mandamento número um e regra de ouro toda vez que se vai abrir uma garrafa.
Os leitores já sabem, no verão: vinho branco, vinho verde, tintos mais leves (Beaujolais reina nessa faixa), espumantes e assim por diante.
Mas o rosé chama a atenção especialmente. É o vinho jovial e casual por excelência. Além da cor atraente e estimulante, não deve pesar no bolso.
A seguir, mencionarei algumas dicas para o maior desfrute desses vinhos refrescantes e charmosos:
Verão em rosés: dicas de consumo
- Os tons do rosé: os vinhos rosés têm uma paleta de cores muita ampla. Vão de um rubro cereja mais carregado até o “casca de cebola”, quase branco. No meio, os tons de salmão. A tendência tem ido em favor das nuances do salmão ao mais claro.
- O gosto do rosé: pela cor, os mais carregados costumam ser mais frutados e encorpados, enquanto os mais claros puxam para o mineral e floral. Esses últimos costumam ser mais secos e os primeiros mais ricos – muito embora possa haver rosés claros mais ricos, assim como mais vermelhos e mais secos.
- Países e regiões famosas: no mundo inteiro se faz vinho rosé de boa qualidade. Os países com mais tradição e fama são a França e Portugal.
As uvas do rosé
- Podem ser tintas, brancas ou ambas misturadas. As tintas dão de início um mosto branco, que aos poucos vai pegando cor mais rubra conforme a extração da cor das cascas – o produtor separa o mosto das películas quando atinge a cor desejada. O rosé também pode ser obtido com a mistura de vinhos tintos e brancos. No caso dos rosés regionais, as castas usadas devem ser apenas aquelas reconhecidas para a região.
Temperatura de serviço
- Entre 7°C e 11°C: mais fresco para os mais ricos, e mais leves e menos fresco para os mais encorpados, intensos e mais secos. Nunca gelado nem mais quente.
- Copos de serviço: o rosé não é muito exigente com os copos. Evitar os de maior volume. Em geral, os mesmos copos que servem vinhos brancos são ideais.
- Harmonização: muito versáteis, acompanham bem quase todas as comidas e aperitivos. Frutos do mar, embutidos, carnes brancas, massas nas mais variadas versões, aves, frutas. Também para bebericar mesmo sem comida ou em coquetéis e festas, são ideais.