Guilherme Rodrigues
Notas Báquicas
Confira sugestões de vinhos e espumantes para as festas de fim de ano
Época de júbilo e bom astral, o final de ano marca o período mais festivo do calendário, repleto de celebrações entre amigos e familiares. Não por acaso, duas das maiores festividades da humanidade acontecem justamente nessa fase, muito próximas uma da outra: o Natal e o Réveillon. Ambas anunciam a esperança e a renovação: a primeira com o nascimento de Cristo e a segunda com o advento de um novo ano. Também para nós, que vivemos ao Sul do Equador, indica o começo do verão, estação solar de calor e animação, com o prenúncio das férias.
Nada mais propício para o encontro com os vinhos, companheiros indispensáveis desse tempo inspirador. Claro que os leitores já têm seus tipos de vinhos e rótulos de preferência para regar as festas e momentos de celebração, ainda que mais íntimos. Dentre eles os mais notórios são os champagnes, espumantes e tintos secos.
Contudo, o universo de Baco é muito amplo e diversificado. Há belas surpresas que podem fazer a diferença e valorizar ainda mais os momentos de convívio e desfrute dos vinhos. A seguir, algumas lembranças de vinhos para valorizar as festividades do final de ano. Um brinde aos leitores, e que 2021 seja pródigo em bons vinhos a todos.
Algumas opções para as festas de fim de ano:
Ceia do Natal
Mesa farta, repleta de iguarias muito variadas. Espumantes e champagne para o começo, meio e fim também. Lembre-se de um belo espumante rosé. Tintos de Pinot Noir – Borgonha é o paraíso: vão às mil maravilhas com aves (peru, chester, frangos, pato), carnes brancas e mesmo com o famoso “tender”. Se houver bacalhau, tinto a meio corpo ou branco encorpado. Com os doces e frutas secas, depois dos pratos de substância, e para continuar a conversa, o Vinho do Porto, senhor da mesa de Natal, é obrigatório.
Virada do ano
É a hora de festa, reinado dos champagnes e espumantes, cheios de energia e vivacidade. Com o leitão, espumantes rosé ou tintos de boa vivacidade e sem muito peso, também os brancos encorpados. De novo, tintos de Pinot Noir vão lindamente.
Espumantes e frisantes adocicados
De boa qualidade, sejam brancos ou rosés, encantam a todos – ou ao menos a maioria. Acompanham bem quase todo tipo de comidas, salgadas e doces. Perfeitos na diversidade de pratos de uma mesa de Natal, por exemplo. Outra vantagem é que boa parte deles tem menos teor alcóolico. Refrescados, tornam-se bebida muito prazerosa, com suas estimulantes borbulhas, em qualquer momento. Exemplos clássicos são os famosos Moscato d’Asti (frisante) e o Asti Espumante (espumante). Ambos do Piemonte, Itália, terra do majestoso tinto Barolo.
Espumante Moscatel brasileiro
Sucesso crescente, os espumantes moscatéis brasileiros, só neste ano de 2020, aumentaram cerca de 30% as vendas.
O teor alcóolico é mais baixo, entre 7% e 10%. Elaborado com base nas uvas Moscatel, o método de produção Asti é empregado nos melhores exemplares. A fermentação ocorre em recipientes pressurizados, de modo que o gás carbônico liberado se dissolve no líquido, formando as bolhas e a pressão. Uma parte do açúcar da uva não fermenta, deixando um suave dulçor e limitando o teor alcoólico.
Bem elaborado, será um vinho perfumado, estimulante, de fundo suave, com boa vivacidade, sem ser enjoativo. Acompanha quase todos os pratos, salgados ou doces e vai muito bem antes ou após as refeições, bem como em coquetéis e festas. Vinho para beber jovem e refrescado a cerca de 6° C a 7° C.