Guilherme Rodrigues
Notas Báquicas
Os melhores vinhos do Alentejo para você provar
Apresentamos aos leitores o Alentejo no seu apogeu. Para isso escolhemos um dos ícones regionais, consagrado há quase 20 anos de produção ininterrupta e bem sucedida: o Marquês de Borba Reserva, obra prima de João Portugal Ramos, produtor e enólogo de primeiríssima linha, dos mais talentosos e aclamados de Portugal – que já foi até jogador de futebol. Pioneiro dos novos vinhos portugueses, é responsável por rótulos de grande sucesso desde o início dos anos 1980.
Evidentemente há outros tintos espetaculares no Alentejo, mas dentre eles, o Marquês de Borba Reserva se destaca pela elegância, sem abdicar da tipicidade local. Como que uma síntese do melhor. Nasce dos famosos solos xistosos de Estremoz. Tem o corte clássico: Trincadeira (complexidade e estrutura), Aragonez (maciez e sensualidade) e Alicante Bouschet (força e poder). Mais um tempero com a Cabernet Sauvignon, célebre por sofisticar ainda mais os vinhos, sem turvar sua personalidade. Lembre o leitor que o mítico Vega Sicilia Único, de Ribera del Duero, recebe um toque da nobre casta francesa.
João Portugal Ramos possui lagares de mármore, onde uma parte das uvas é pisada a pé. Após a vinificação, o vinho estagia em barris de carvalho francês pelo tempo julgado necessário, conforme o caráter de cada colheita. O vinhedo pertence ao produtor, que não economiza cuidados com o cultivo. Baseado na sua quinta em Estremoz, de onde nasce o Marquês de Borba Reserva, JP Ramos tem sua marca espalhada em todo Portugal. No Douro, em sociedade com José Maria Soares Franco (que faz o vinho), comemora o sucesso internacional dos vinhos Duorum. Na Bairrada, faz o Quinta da Foz do Arouce. No Minho, um Alvarinho e outro Loureiro. Na região de Lisboa, o Conde de Vimioso. No Alentejo ,além da linha Marques de Borba, o Vila Santa, Quinta da ViçosaLoios, Pouca Roupa, Estremus.
A vertical contou com cinco das mais emblemáticas safras do Marquês de Borba Reserva. Mostrou as principais facetas e mudanças de estilo conforme a influência das colheitas. Desde os mais sensuais e voluptuosos, até os mais clássicos, cristalinos e estruturados. De todo modo, sempre a personalidade própria do grande tinto e do Alentejo, muito bem resolvida. A prova, evidentemente, não foi às cegas. Os vinhos foram servidos em copos tipo Bordeaux e provados simultaneamente. A degustação transcorreu no restaurante Badida, da Av. 7 de Setembro. Também presentes o importador, nas pessoas de Pedro Oliveira e Flavio Bin. A avaliação e notas de prova são exclusivas do redator. O serviço foi conduzido pelo sommelier Francisco Edson Rodrigues dos Santos. Terminada a prova, as perfumadas carnes da grelha do Badida harmonizaram-se lindamente com o que ainda restara do vinho.
Marquês de Borba Reserva 2008 (Magnum)
JP Ramos Vinhos – Estremoz – Alentejo – Portugal
Nota 92+
A faceta do Marquês de Borba com ares de refinada austeridade. Desce muito bem, ótima sapidez, com frutado fino, maduro e profundo a amoras, ameixas e frutos vermelhos bem integrados. Cheio e sedoso, com ótimo frescor. Bem focado, limpo e cristalino. Toques minerais, um suave sabor a doce de figos, final longo e bonito. Um ano para a Trincadeira, quase nada de Cabernet.
JP Ramos Vinhos – Estremoz – Alentejo – Portugal
Nota 92+
A faceta do Marquês de Borba com ares de refinada austeridade. Desce muito bem, ótima sapidez, com frutado fino, maduro e profundo a amoras, ameixas e frutos vermelhos bem integrados. Cheio e sedoso, com ótimo frescor. Bem focado, limpo e cristalino. Toques minerais, um suave sabor a doce de figos, final longo e bonito. Um ano para a Trincadeira, quase nada de Cabernet.
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Marquês de Borba 2012
JP Ramos Vinhos – Estremoz – Alentejo – Portugal
Nota 92+
Delicioso para beber enquanto espera-se pelo 2011 amadurecer. Encantador, um estilo entre o lado mais voluptuoso do 2007 e a cristalinidade e profundidade do 2008. Bonito, elegante, bem resolvido. Possui nuances complexas e atraentes a um leve floral, ervas finas e um suave balsâmico que se movimentam com frescor sobre uma textura sedosa e elegante. Taninos finos e maduros, terá belo futuro e deve beber bem durante quase toda a existência. É o único que pode ser encontrado à venda.
JP Ramos Vinhos – Estremoz – Alentejo – Portugal
Nota 92+
Delicioso para beber enquanto espera-se pelo 2011 amadurecer. Encantador, um estilo entre o lado mais voluptuoso do 2007 e a cristalinidade e profundidade do 2008. Bonito, elegante, bem resolvido. Possui nuances complexas e atraentes a um leve floral, ervas finas e um suave balsâmico que se movimentam com frescor sobre uma textura sedosa e elegante. Taninos finos e maduros, terá belo futuro e deve beber bem durante quase toda a existência. É o único que pode ser encontrado à venda.
Onde encontrar: Porto a Porto/Adega Brasil — (41) 3039-2779.
Preço: R$ 361,60.
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Marquês de Borba Reserva 2011
JP Ramos Vinhos – Estremoz – Alentejo – Portugal
Nota 95
De cor rubi intensa, retinta e profunda, tem tudo para ser o melhor Marquês de Borba reserva de todos os tempos. Voluptuoso, potente e fino, o vinho revela grande concentração e complexidade, muito bem focadas por uma estrutura de acidez fresca e taninos maduros em perfeita harmonia. Sedoso, abre-se em aromas e sabores que lembram ameixas e frutos vermelhos, maduros e frescos, algo floral a violetas, figos, zest de tangerina, especiarias. Boa profundidade, equilíbrio perfeito e final muito longo.
JP Ramos Vinhos – Estremoz – Alentejo – Portugal
Nota 95
De cor rubi intensa, retinta e profunda, tem tudo para ser o melhor Marquês de Borba reserva de todos os tempos. Voluptuoso, potente e fino, o vinho revela grande concentração e complexidade, muito bem focadas por uma estrutura de acidez fresca e taninos maduros em perfeita harmonia. Sedoso, abre-se em aromas e sabores que lembram ameixas e frutos vermelhos, maduros e frescos, algo floral a violetas, figos, zest de tangerina, especiarias. Boa profundidade, equilíbrio perfeito e final muito longo.
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Marquês de Borba Reserva 1999
JP Ramos Vinhos – Estremoz -Alentejo – Portugal
Nota 93
Ainda melhor do que outra garrafa provada uns anos atrás. Cor rubi escura, muito bem perfumado, encantador já na saída. Possui uma textura aveludada e acariciante. Revela opulência e sensualidade, com fruta madura irresistível a cassis, morango, ameixas e um leve fundo a figos. No apogeu, com cinco ou pouco mais anos de brilho máximo. Final longo, muito bem equilibrado, complexo a especiarias, leve balsâmico, caça. Nada austero, um sucesso.
JP Ramos Vinhos – Estremoz -Alentejo – Portugal
Nota 93
Ainda melhor do que outra garrafa provada uns anos atrás. Cor rubi escura, muito bem perfumado, encantador já na saída. Possui uma textura aveludada e acariciante. Revela opulência e sensualidade, com fruta madura irresistível a cassis, morango, ameixas e um leve fundo a figos. No apogeu, com cinco ou pouco mais anos de brilho máximo. Final longo, muito bem equilibrado, complexo a especiarias, leve balsâmico, caça. Nada austero, um sucesso.
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Marquês de Borba Reserva 2007 (Magnum)
JP Ramos Vinhos – Estremoz – Alentejo – Portugal
Nota 94
De cor rubi púrpura, irradia deliciosos aromas sofisticados e maduros. Apelo sensual, rico, cálido e sofisticado. Carnudo e elegante, com fruta bem amadura a cassis, morangos e ameixas. Revela-se em facetas admiráveis a caixa de charutos, tabaco suave, algo a figos secos. Muito bem sintonizado, refinado, vivo, com boa profundidade e foco. Ótimo frescor e equilíbrio, com muita vida pela frente. Mais Cabernet Sauvignon do que usual no lote, deve chegar ao apogeu em mais uns cinco anos e lá ficará por um bom tempo .
JP Ramos Vinhos – Estremoz – Alentejo – Portugal
Nota 94
De cor rubi púrpura, irradia deliciosos aromas sofisticados e maduros. Apelo sensual, rico, cálido e sofisticado. Carnudo e elegante, com fruta bem amadura a cassis, morangos e ameixas. Revela-se em facetas admiráveis a caixa de charutos, tabaco suave, algo a figos secos. Muito bem sintonizado, refinado, vivo, com boa profundidade e foco. Ótimo frescor e equilíbrio, com muita vida pela frente. Mais Cabernet Sauvignon do que usual no lote, deve chegar ao apogeu em mais uns cinco anos e lá ficará por um bom tempo .