Dani Machado
Mesa Afora
Sob o comando de Thiago Bañares, Tan Tan é o único bar brasileiro entre os melhores do mundo
Ontem, acompanhei do Brasil, a live feita pelo Thiago Bañares, direto de Madrid, onde acontecia a premiação do World´s 50 Best Bars. Thiago estava lá com seus sócios, a esposa Tati Frison, Rafael e Rafaela Frison e o head bartender Caio Carvalhaes, representando o Tan Tan, aguardando o resultado mas já em clima de festa, estar entre os 50 melhores bares do mundo não é pouca coisa. Enquanto eu assistia a transmissão, os números passavam: do 41º, ao 35º, e a tensão aumentava. Quando o Tantan finalmente foi anunciado o número 31, a live caiu. A emoção era tanta que mandei uma mensagem na mesma hora para o Thiago perguntando: “Thiago, o que aconteceu? Ganhou!” E ele, com todo o bom humor: “Calma, morri, mas voltei.”
Além de ser o único bar brasileiro na lista dos 100 melhores do mundo, é motivo de orgulho ver o Tan Tan, que já é referência na América do Sul, conquistar esse reconhecimento global. Thiago Banhares, um amigo que respeito muito, “o cara dos melhores rolês” da cidade, generoso. Já me apresentou vários lugares especiais, alguns inclusive com portas e corredores secretos que terminam em Karaokês e um grupo de gente legal da gastronomia. Fico feliz por ele, sei que este prêmio é importante e fruto de muito estudo, trabalho em equipe e uma pitada de criatividade.

Deixa eu falar um pouco sobre o trabalho incrível que ele faz com seus bares: o TanTan começou como um restaurante, mas rapidamente abraçou a classificação de bar, dada pela imprensa. Para o Thiago, o Tan Tan é flexível: “Se você acha que ele é um bar, ele é. Se você vê como restaurante, ele é isso também.” A coquetelaria autoral do Tan Tan é uma das suas marcas, com influências asiáticas e muita originalidade. Não é à toa que o local se tornou um dos hotspots mais badalados de São Paulo, com filas quilométricas e uma cozinha asiática quente que se destaca por seus toques autorais.
O Kotori, outro restaurante do Thiago, passou por adaptações durante a pandemia. Inicialmente era para ser um restaurante pequeno, com um bar no fundo, hoje é conhecido pela sua cozinha japonesa quente, inspirada na Yoshoku— fusão de elementos ocidentais e japoneses, um tipo de comfort food. Já o The Liquor Store, é um lugar focado exclusivamente na coquetelaria, sem influência asiática. Ele oferece clássicos e autorais, para mim o melhore dry martini de São Paulo. Com 20 lugares e um ambiente intimista, é perfeito para quem deseja se conectar com a arte dos drinks.
Durante a pandemia, o Thiago também abriu o Ototo, especializado em obentôs no formato delivery, que encerrou operações para dar foco às casas físicas. No entanto, há planos de expansão e novos formatos em breve.