Dani Machado
Mesa Afora
O Latam 50Best no Brasil está chegando! Vamos falar sobre os restaurantes já premiados?
No dia 28 de novembro, o Rio de Janeiro se tornará palco da divulgação oficial do Latin America's 50 Best Restaurants 2023. Será a primeira vez que o prêmio ocorre no Brasil. Não sei vocês, mas eu estou esperando ansiosa por este momento. A cidade estará ainda mais radiante - inclusive com muitos eventos paralelos. E sim, eu já estou com roupa de ir e a agenda lotada.
Esta cerimônia de premiação revelará os 50 primeiros colocados da América Latina. Entre os prêmios a serem anunciados, destacam-se ainda o Estrella Damm Chefs’ Choice Award, o Gin Mare Art of Hospitality Award e o Beronia Latin America’s Best Sommelier Award.
Nesta semana, a organização do evento já divulgou a lista de 51-100 do Latam 50Best 2023. Nove restaurantes brasileiros estão nessa lista e é deles que vamos falar um pouco mais agora.
Pra começar, o Charco, localizado em São Paulo, ocupa a 56ª posição. Sob o comando do Chef Tuca Mezzomo, o restaurante e tem como base o fogo e a charcutaria. Das duas vezes que estive lá, uma logo que abriu em 2019 e outra há poucos meses atrás, senti a evolução na cozinha do Tuca. Um dos grandes destaques pra mim foi o arroz de morcilha e lula com gostinho de brasa.
Em seguida, o Fame Osteria (57ª posição), um dos melhores italianos no Brasil na minha opinião, apresenta um menu degustação impecável preparado pelo chef Marco Rezentti. Sua esposa Erika é a responsável pela carta de vinhos e juntos o casal Rezentti recebe por noite apenas 16 clientes em sua casa. Reservas precisam ser feitas com antecedência.
No 63º lugar, está o tradicional Mocotó, em São Paulo, dirigido pelo chef Rodrigo Oliveira. Fundado em 1973 pelo seu pai, o restaurante atrai multidões com sua comida sertaneja. Já estive por lá algumas vezes e sempre quero voltar. O Mocotó, além da gastronomia admirável, tem um trabalho social muito coerente sob a coordenação da historiadora e professora Adriana Salay, esposa de Rodrigo, o projeto Quebrada Alimentada, que surgiu na pandemia, organizado pelo restaurante Mocotó, distribui alimentos para famílias em vulnerabilidade.
O Kotori (64ª posição), também em São Paulo, segue o conceito de Izakaya, comandado pelo chef e empresário Thiago Bañares, é um restaurante único que traz a cultura japonesa de forma contemporânea. Além da gastronomia espetacular, destaca-se por seus coquetéis autorais, marca registrada das casas do Thiago que inclusive entrou este ano para a lista das 100 pessoas mais influentes do mundo da coquetelaria.
O renomado D.O.M. (65º lugar) em São Paulo mantém seu pioneirismo como carro chef. Com duas estrelas Michelin, o restaurante criou conceitos e o chef Alex Atala é considerado um dos melhores chefs do Brasil, reconhecido mundialmente. Recentemente estive lá provando o menu executivo, novidade. Bem servido, muito diferente do menu original com várias etapas, mas gostoso e bem feito como era de se esperar.
Em Salvador, o Origem entra na lista pela segunda vez, ano passado em 52º e este ano na 76º posição. Restaurante do chef Fabrício Lemos e da chef pâtissière Lisiane Arouca, o Origem desafia clichês da culinária baiana com um inovador menu degustação cheio de resgate das tradições regionais. O Grupo Origem junto com o chef Caco Marinho se destaca também por seu compromisso social, especialmente por meio do Instituto Ori. Mapeando a produção local, elevam ingredientes à categoria de iguaria, resgatando e valorizando a identidade cultural, o povo e a mesa baiana.
O Ristorante Hotel Cipriani, primeira vez na lista (95ª posição), fica Rio de Janeiro, no centenário Copacabana Palace. Já com uma estrela Michelin, o restaurante apresenta uma experiência gastronômica de alto nível. Eu jantei muito bem por lá ano passado mas o que me surpreendeu foi um carrinho de sobremesas com canelés, bombons, macarons e tarteletes. De encher os olhos.
O Ocyá, também do Rio de Janeiro, faz sua estreia em um ranking internacional (96ª posição). A casa é comandada pelo chef e pescador Gerônimo Athuel, que introduz uma abordagem única à maturação a seco de peixes. O restaurante foge do lugar comum.
Além de priorizar a pesca consciente e seletiva, Gerônimo valoriza pescados dificilmente encontrados em outras casas, o que é possível justamente devido às suas técnicas de trabalho. Para isso, ele faz um trabalho de educação com os pescadores da região, para receber peixes que habitualmente são descartados. Semana que vem, vou conhecer o original que fica na ilha Primeira. Eu só conheci o mais novo que fica no Leblon. O chef já participou do meu podcast que você pode conferir AQUI.
Finalmente, o Kan Suke (97ª posição) em São Paulo, restaurante uma estrela Michelin, escondidinho numa galeria comercial, balcão para poucos e comida tradicional japonesa. Por lám você não come salmão e nem cream cheese. Sob a direção do chef japonês Keisuke Egashira, oferece dois tipos de menu degustação, e o destaque está na qualidade e preparo.
Semana que vem, vocês acompanham comigo toda a movimentação do evento 50 Best no Rio de Janeiro!