Qingdao
China, além dos espetinhos
A praia, festeira, trouxe para as areias de Qingdao, o Festival do Café
O café, por si só, aproxima apaixonados, curiosos, atrai clicks, se torna instagramável, mesmo no país do chá. Por aqui, o número de cafeterias está aumentando de forma perceptível ao piscar dos olhos. E o mais importante, cresce, invadem as cidades, com grãos de qualidade, com preparos e ingredientes inteligentes, inusitados, em lugares charmosos, cantinhos especiais, que nos dá vontade de visitar um a um. Muitos deles, impetuosos, desconectados de qualquer marca mundialmente conhecida, de quaisquer franquias com espaço garantido nos corredores principais dos shoppings ou pontos badalados das cidades. Alguns, despertando os clientes para os grãos locais. Na cara e na coragem, disputam de igual para igual os apreciadores, sejam eles novos ou não.
Em Qingdao, na Shilaoren Beach, o Festival do Café, foi a passarela para muitas dessas cafeteiras. Posso afirmar, nada mais nada mesmo, que sucesso do início ao fim, da hora que se abria a hora que encerrava. A fila na bilheteria e no estacionamento não negava o feito, o ótimo resultado.
Mais de 80 cafeterias trouxeram sua marca, seu sabor, seus grãos e receitas especiais para o festival em trailers coloridos, bikes, tendas aconchegantes, até mesmo, de forma minimalista, em porta-malas de carros. Formas que deram ainda mais charme ao evento.
Ao ar livre, o ótimo cardápio, apresentações impecáveis, criações exclusivas, cestas de piquenique, boa música, roda de amigos, boas risadas e um vista linda criaram repertório para milhares de postagens repletas de elogios sobre o evento nas mídias sociais.
Baristas e professores especializados em café conduziram bate-papos descontraídos sobre os tipos de grãos, sobre o preparo, sobre o mundo dos sabores e aromas. Como também, sobre a história recente do plantio na China e a expectativa que se tem sobre o espaço que ele virá a ganhar com o passar do tempo nas mesas das famílias chinesas. Atualmente já são 330 milhões de pessoas consumindo a bebida no país. Um volume que cresceu 70% em oito anos.
Ao ar livre, pela passarela, pelos corredores do festival, encontrávamos sabores refrescantes de café aromatizados com frutas ou florais. Surpresas, bebidas inspiradas nas feitiçarias de Hogwarts, com pitadas de pó de queijo cheddar no topo da espuma que se disfarçava de nuvem. Cafés com toques matinais acompanhados com leite de aveia. Cafés quentes, café gelados, coquetéis incríveis, tortas e flans, se misturavam entre os encontros, vitrines, caminhares e palestras. Foram, naquele momento, os responsáveis por, quem sabe, aumentar um pouquinho mais os números de novos apreciadores, de novos apaixonados pelo arte e prazer de tomar uma xicrinha de café.
Então, bóralá torcer que mais eventos como esse venham a acontecer, e que a praia, o sol, amigos, como dessa vez, sorraeitamente nos abracem, nos acompanhem! Bóralá ...