Fernanda Massarotto
Jornalista, paulistana. Não sei cozinhar, mas adoro comer. Moro há 15 anos em Milão, no norte da Itália. Pedalo pelas ruas com minha bicicleta vermelha em busca de novidades da cidade, especialmente as gastronômicas.
À milanesa
Roma ganha a primeira máquina de venda automática de pizza
As soluções anti-Covid no mundo gastronômico não ficaram só nos serviços de take-away e delivery. Em Roma, um dos mais tradicionais pratos italianos agora é vendido em um distribuidor automático. Isso mesmo, a pizza, paixão de 9 entre 10 italianos, agora pode ser comprada em uma máquina de venda automática, na Praça Bolonha, no bairro de Nomentano.
Engana-se quem pensa que a massa seja congelada. Pelo contrário. Ela é preparada na hora: água, farinha e fermento misturados em uma batedeira planetária. O cliente, através de uma "janelinha", pode observar tudo. Da preparação da massa ao recheio - marguerita, quatro queijos, salame picante e bacon. No forno, são necessários apenas 3 minutos. O preço é convidativo de 4,50 a 6 euros ( de 29 a 39 reais).
O distribuidor automático Pizza Mr. Go segue o mesmo modelo de uma cadeia de montagem completamente automatizada. Sem qualquer interação humana. Perfeita para quem teme o contato com outras pessoas e por consequência uma possível contaminação viral, neste caso o Covid-19. O pagamento é feito com cartão de crédito
A pergunta porém é: vale a pena? Há quem diga que a pizza express deixe a desejar. Em todos os sentidos. A massa não é das melhores e o molho de tomate e queijo não são saborosos. Outros avaliam que o preço condiz com o produto. Já quem adora uma noitada, acredita que pelo menos das 3 às 6 da manhã, quando as pizzarias estão fechadas, nada melhor que, pelo menos, poder comprar uma pizza "artesanal". Mesmo que seja a de um distribuidor automático. Há gosto para tudo.