Fernanda Massarotto
Jornalista, paulistana. Não sei cozinhar, mas adoro comer. Moro há 15 anos em Milão, no norte da Itália. Pedalo pelas ruas com minha bicicleta vermelha em busca de novidades da cidade, especialmente as gastronômicas.
À milanesa
Primeiro Pinot Grigio italiano completa 60 anos no mercado
Há quarenta anos, o Pinot Grigio Santa Margherita é o vinho branco italiano mais vendido nos Estados Unidos. E sabe por que o nome grigio, cinza em italiano? A resposta é porque a coloração da casca é um resultado natural do cruzamento entre as uvas de Pinot Noir e a Pinot Blanc que conferem ao Pinot Grigio, produzido na Itália, acidez acentuada, leveza e aromas sutil.
O primeiro Pinot Grigio italiano acaba de completar 60 anos graças ao conde Gaetano Marzotto. Nos Estados Unidos, o vinho chegou no final dos anos 70 e hoje não falta na adega da cantora Rihanna e do rockstar Jon Bon Jovi. Elegante, novo e moderno é o produto icônico da vinícola Santa Margherita, em Fossalta di Portogruaro, a uma hora de Veneza, no norte da Itália.
Nos anos 30, o nobre italiano construiu um verdadeiro pólo agrícola e industrial na Itália e ficou conhecido como um dos maiores empresários do país. Após a Segunda Guerra Mundial, passou a investir na produção de vinhos no norte do país e decidiu cultivar uvas "Pinot grigio". O resultado, um vinho branco leve e fresco que conquistou os italianos a partir de 1961.
Hoje, mais de 8 milhões de garrafas de Pinot Grigio Santa Margherita são vendidas nos Estados Unidos, fazendo com que muitos americanos deixassem de lado a cerveja e o whisky. Versátil à mesa, o Pinot Grigio combina com carnes e peixes e ainda sua produção é sustentável. Cerca de 90% das garrafas são realizadas em uma empresa a poucos metros da vinícola, uma iniciativa que faz parte do programa "carbon neutrality". No Brasil, o Pinot Grigio Santa Margherita pode ser encontrado nas lojas Ville du Vin, em São Paulo, e em breve nos restaurantes de todo o país.
