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Massimo Bottura foi condecorado pelo seu trabalho contra o desperdício de alimentos

Fernanda Massarotto

Jornalista, paulistana. Não sei cozinhar, mas adoro comer. Moro há 15 anos em Milão, no norte da Itália. Pedalo pelas ruas com minha bicicleta vermelha em busca de novidades da cidade, especialmente as gastronômicas.

À milanesa

O chef italiano Massimo Bottura é o novo embaixador da Boa Vontade da ONU

30/09/2020 16:59
Com três estrelas Michelin e o título de melhor restaurante do mundo, com a sua Osteria Francescana, Massimo Bottura é o primeiro chef e também o primeiro italiano a se tornar embaixador da Boa Vontade da Organização Nações Unidas (ONU) por seu trabalho conra o desperdício de alimentos no mundo e o isolamento social.
O ativismo em questões sociais é frequente na vida profissional do italiano. Em 2015, ele inaugurou o primeiro Refettorio, um refeitório popular para atender a população carente de Milão. No ano seguinte, ele esteve no Brasil na abertura do RefettoRio Gastromotiva, um restaurante comunitário, que passou a oferecer refeições gratuitas para pessoas necessitadas durante todo o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio.
Ao lado da mulher Lara Gilmore instituiu a ONG Food for Soul que para ele é um um instrumento na luta contra o desperdício alimentar e ao isolamento social. E tem mais. Durante o lockdown na Itália, Massimo Bottura não deixou de lado o seu ativismo. Apresentou o programa Kitchen Quarantine, concebido pela filha Alexa, de 23 anos. Todas as noites, durante 75 dias, a família compartilhou receitas caseiras com transmissão pelo Instagram. "Um projeto que fez com que muitas pessoas passassem a conhecer o potencial de cada ingrediente. Foi um convite para desfrutar da beleza inesperada do dia a dia", comentou o chef após a divulgação do reconhecimento por parte da ONU.
Em nota oficial, o italiano agradeceu à ONU pela oportunidade e relembrou a sorte de viver a vida que sempre sonhou "Fiz e faço o que amo. Depois de ter recebido tanto da vida, senti a necessidade de retribuir", escreveu o italiano explicando o motivo pelo qual criou a "Food for Soul" e também porque passou a compartilhar com o mundo a sua visão do que significa nutrir o universo. "Estamos vivendo uma revolução humana que irá unir mentes e almas sensíveis do planeta. E como dizia o alemão J. Beuys, 'a revolução somos nós'"

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