Fernanda Massarotto
Jornalista, paulistana. Não sei cozinhar, mas adoro comer. Moro há 15 anos em Milão, no norte da Itália. Pedalo pelas ruas com minha bicicleta vermelha em busca de novidades da cidade, especialmente as gastronômicas.
À milanesa
A garrafa de vinho mais cara do mundo é italiana
A garrafa de vinho mais cara do mundo não sai por menos de 2 milhões e meio de dólares. A pergunta que não quer calar porém é: o que há de tão especial? Não se discute a qualidade do vinho, um dos mais desejados: o tinto Amarone della Valpolicella considerado um dos mais caros da Itália. Mas o que há de tão especial é a rolha deste exemplar, apresentado há poucos dias na cidade de Vicenza, decorada com quinhentos diamantes e dozes rubis vindos diretamente da Birmânia.
A garrafa de vinho mais cara do mundo mais preciosa do planeta foi criada graças a uma colaboração entre os ourives da cidade de Vicenza, cidade no norte da Itália, conhecida por sua tradição na mão de obra especializada no setor joalheiro. A rolha da garrafa de Amarone della Valpolicella foi decorada com 500 diamantes puros e os 12 rubis “sangue-de-pombo” entre 1 e 2 quilates que foram incrustados um a um.
O Amarone della Valpolicella está entre os vinhos tintos mais intensos e caros em circulação e faz das colinas de Verona, onde é produzido, um dos destinos mais populares do chamado turismo enogastronômico. O sucesso deste vinho é atribuído, segundo os especialistas, à técnica milenar conhecida como apassimento (passificação). Após as uvas serem colhidas, as mesmas são colocadas em “bandejas” - conhecidas como arelas - e deixadas para secar durante os meses de inverno, um período que pode variar de 90 a 120 dias. Este é um procedimento que concentra e amplifica o açúcar, os aromas e sabor da uva.