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Choux cream, doce tradicional japonês feito com massa parecida com a de profiteroles. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo

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Confeitaria no Batel aposta nos doces tradicionais japoneses com menos açúcar

Júlia Ledur
28/07/2017 09:00
Choux cream, doce tradicional japonês feito com massa parecida com a de profiteroles. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo
Choux cream, doce tradicional japonês feito com massa parecida com a de profiteroles. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo
Dez minutos antes das 11h de uma terça-feira, horário em que o KinKan Sweet & Co abre as portas, três senhores japoneses já aguardavam ansiosamente para entrar, na calçada da Rua Vicente Machado. Eles então se acomodaram em um dos sofás do ambiente e pediram três choux cream, doce tradicional da confeitaria japonesa. O sabor lembra o de uma bomba, mas menos doce, e está disponível nos sabores tradicional, maçã com calda de caramelo e gergelim, e banoffee. O preparo é uma das opções do menu da doceria, que inaugurou no Batel no final de abril e também recebe visitas frequentes do cônsul do Japão.
As receitas do país oriental são a especialidade da casa, que é comandada pelo arquiteto Cairo Murakami. Além do choux cream (de R$ 9,90 a R$ 11,90), as opções da vitrine incluem fuwa-fuwa (“coisas macias”, em japonês), um bolo superfofo com morangos e ganache de chocolate (R$ 12,90), e shiokupan (R$ 26,90), um pão de forma japonês tradicionalíssimo. Todos os preparos são produzidos diariamente na cozinha da doceria.
A proposta da cozinha da KinKan Sweet & Co é usar menos açúcar e apostar na estética, seguindo os princípios da confeitaria japonesa. A formação de arquiteto ajudou Cairo Murakami a produzir doces com um visual diferenciado, muita técnica e detalhes minimamente estudados. “Tem uma relação com a arquitetura. Eu falo que os doces têm esse conceito de proporção, cor, forma. E têm que ter um design na estética, o que os japoneses fazem muito”, explica o proprietário e confeiteiro.
Além da estética e dos sabores japoneses, a casa exibe flertes com a cozinha francesa, em preparos como pain au chocolat (R$ 10,90), Paris breast de morango (R$ 13,90), feito com creme de baunilha, chantilly e amêndoas, e éclair em seis sabores, que vão de pistache a caramelo com amêndoas e custam de R$ 7,90 a R$ 9,90. Entre os salgados, há croque monsieur (R$ 12,90), croissant de presunto e queijo (R$ 10,90) e tartines de diversos sabores, com destaque para a de abobrinha (R$ 12,90), feita com muçarela de búfala, parmesão, azeitonas pretas, amêndoas e pimentão em conserva artesanal.
Para beber, há chás, como matcha e mate gelado, cafés e chocolate quente. A casa também faz short cakes para encomenda. Os bolos são vendidos por unidade em somente um sabor, que leva massa branca, morango e chantilly.

Inspiração

Além de invadir o menu, a referência ao Japão, país de descendência de Murakami e de residência por alguns anos também é estampada no logotipo da doceria, uma kinkan, laranjinha de origem japonesa. Segundo o proprietário, a figura também faz alusão ao sol nascente do Japão.
A ideia de abrir o negócio surgiu depois da segunda viagem de Murakami ao Japão, onde morou por seis anos, para estudar confeitaria. Da primeira vez que retornou do oriente ao Brasil, o arquiteto fundou a Hachimitsu, em Londrina, hoje uma rede de confeitarias com seis lojas. A marca foi vendida, Murakami amadureceu a ideia de administrar um negócio e, após mais uma ida ao Japão, em 2014 retornou ao Brasil e começou a idealizar a KinKan. Agora, o plano é aumentar o cardápio, expandir a marca e abrir outras lojas em Curitiba, ainda sem local definido.
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