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A cachaça de jambu pode substituir a vodka na caipirinha e também compõe o drink Jamburana, que leva refrigerante de gengibre. Os cubos de gelo são decorados com flores de jambu. Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

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Bar em Curitiba tem pratos com jambu, planta que faz a língua formigar

Flávia Schiochet
23/11/2017 13:00
O nome do novo bar do bairro Água Verde vem da Amazônia: jambu é uma erva do Norte do país e ao mastigá-la, as folhas e flores deixam a boca formigando. A escolha do nome pelos sócios Amanda Rodrigues e Vinícius Santos foi para remeter à brasilidade, tema do bar aberto em julho.
O cardápio enxuto faz o estilo boteco brasileiro: tem oito porções e seis sanduíches clássicos dos anos 1990 e 2000, quando as hamburguerias ainda não existiam e o que predominavam eram os “xis”. “Quis colocar X-Salada (R$ 15) e X-Burguer (R$ 18) porque era assim que chamavam os lanches antes”, explica Vinícius. A carne usada para fazer o hambúrguer é de Angus e o preparo de todos os itens do cardápio, exceto o pão, é feito na casa.
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“Escolhi as porções lembrando do que eu comia na infância. O croquete da Jó é uma releitura da receita de croquete para homenagear uma pessoa muito querida que trabalhou na minha casa e que já faleceu. O palito de queijo era um salgadinho que fazíamos para as festas de criança”, explica Amanda.
De Belém do Pará vem mensalmente dez litros de cachaça de jambu, tucupi, farinha de Uarini para empanar e dois quilos de jambu congelado. A cachaça é vendida em dose e entra na caipirinha e no drink Jamburana, que leva limão e refrigerante de gengibre e gel. A flor de jambu é usada para decorar os cubos de gelo.
As folhas de jambu temperam a carne do croquete de Jó, servido com molho de tucupi com pimenta (R$ 23,60, seis unidades). Destaque também para a coxinha de farofa, prato típico da Lapa, servida com geleia de pimenta (R$ 23,60, quatro unidades) e com recheio de frango ou de vegetais; e os esticadinhos crocantes, palitos de queijo muçarela empanados com parmesão e servidos com melado (R$ 20,90, seis unidades). A fritura é feita em óleo de algodão e os croquetes são fritos em cuba diferente da que usam para a batata frita.
As batatas fritas ficam muito similares às de uma rede de fast food americana famosa, mas no Jambu Bar não entra pacote de congelados. Toda semana as batatas são descascadas e cortadas no restaurante e então congeladas para ficar de estoque. Uma maionese caseira de alho acompanha a porção (R$ 15).
Dos sanduíches, o mais pedido é o Mary Lou, com frango empanado recheado de cream cheese, rúcula, tomate confitado e molho de mostarda e mel (R$ 20). Para os vegetarianos tem o X-Vegetariano, que leva hambúrguer de lentilha empanado, muçarela gratinada, rúcula e maionese artesanal (R$ 20). Quem é chegado em um sanduíche de boteco pode pedir o buraco quente (R$ 13): pão francês com carne moída levemente picante com queijo gratinado.
Fecha a refeição o trio ternura (três brigadeiros à escolha do cliente por R$ 9; sabores mudam semanalmente) ou o Caminho da Roça: três bolinhos de arroz doce recheados de doce de leite e servidos com sorvete de creme (R$ 24, para duas pessoas).

A ideia de abrir um bar

O salão do Jambu Bar tem clima de festa no quintal de casa: cadeiras de praia ou bancos de madeira para sentar, caipirinha e cobertores para noites frias. O tom vem da experiência de Vinícius no atendimento de salão quando era adolescente. “Meus pais sempre tiveram bar em Itararé, interior de São Paulo, daqueles que servem café pingado com pão na chapa e xis”, contou o técnico em logística, que se mudou para Curitiba para estudar e por aqui ficou.
Enquanto Vinicius cuida do salão, Amanda Rodrigues prepara os sanduíches e frita os petiscos. A psicóloga mudou de área em 2014, quando estudou cozinha profissional. Ela passou pelo Lagundri — de onde adaptou uma massa de pastel para a coxinha de farofa — e teve uma food bike que atendia a eventos com sobremesas. A bicicleta hoje decora o salão.

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