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Morango do Amor impactou o mercado em 2025 e segue influenciando resultados de confeitarias

Redação
10/12/2025 15:22
Uma onda de caramelo vermelho tomou conta do Brasil entre junho e agosto de 2025. O nome do fenômeno? Morango do Amor. Febre nas redes sociais, o doce envolve o morango em uma massa de brigadeiro branco e depois num banho de caramelo com corante vermelho. De encher os olhos e doce como o paladar brasileiro gosta, ele foi a segunda Páscoa das confeitarias em 2025 e gerou impactos até no campo e nas centrais de abastecimento.
De acordo com a CEASA-PR, a venda da fruta subiu 37,3% no mês de julho, auge da febre, em relação ao mesmo período de 2024. A Região Metropolitana de Curitiba foi protagonista: responde por cerca de 40% da produção estadual.
O morango virou estrela não apenas nos aplicativos de entrega, mas também nos mercados e feiras. A alta repentina da procura, somada ao inverno rigoroso, fez o preço médio da caixa de 1,2 kg chegar a R$ 55,00 na 30ª semana do ano. Com a entrada da safra e a passagem da onda, os valores voltaram ao patamar de R$ 20 a R$ 25.

“Durante o pico da trend, o preço disparou justamente quando o mercado esperava queda. Foi uma catarse: produtores que tinham fruta em condições ideais viram uma valorização inédita. Hoje já estamos voltando ao equilíbrio com a ampliação da safra”, comenta Paulo Andrade, engenheiro agrônomo da SEAB-PR.
Segundo Andrade, a procura inesperada não alterou os ciclos da fruta, mas mexeu com o humor dos produtores. “Muitos relataram que, em uma semana, a caixa que caixa saiu de R$ 35 para R$ 40 e depois para R$ 55. Alguns chegaram a recusar pedidos porque simplesmente não tinham fruta madura disponível”, conta. 

IFood entregou 1 milhão de Morangos do Amor no ano

No Brasil, os números do iFood ajudam a dimensionar a febre. O aplicativo registrou 1,04 milhões de pedidos de “Morango do Amor” em 2025. Só em julho, mês em que a moda explordiu, foram 699.100 pedidos, mais da metade de todo o volume do ano. O Paraná aparece entre os cinco estados que mais pediram a sobremesa, ao lado de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
Em agosto, a tendência começou a esfriar, com queda de 14,56% nos pedidos. Apesar disso, o Morango do Amor segue fazendo a diferença nas vendas de muitas confeitarias. Atualmente, a loja da confeiteira Roberta Shuanke vende cerca de 20 Morangos do Amor por dia.

Confeiteira vendeu 10 mil unidades de Morango do Amor e preparpou especial de Natal

O recorde foram 600 doces vendidos em um um único domingo, conta a confeiteira. "Na campanha toda de junho a setembro estimo que tenhamos vendido mais de 10 mil unidades", comenta Roberta. Ela relata que, embora tenha passado a onda, o doce ainda influencia nos resultados, principalmente no comportamento do delivery da loja.
Morango do Amor
"O Morango do Amor segue sendo um chamariz de cliente. O que observo é que, no dia que não tenho o Morango do Amor no cardápio do delivery, o ritmo das vendas por app acaba caindo", diz. A confeiteira levou o sucesso do ano para o cardápio de Natal da marca, com uma caixa presenteável recheada de doces espelhados.
A caixa com 24 bombons (R$ 299) inclui, além do famoso Morango do Amor, espelhado de pistache, brigadeiro clássico com cobertura leite e beijinho também na versão espelhada. "A caixa está vendendo mito bem, sendo um dos destaques do nosso cardápio de Natal. Então, o Morango do Amor continua tendo esse apelo e sendo um sucesso, agora nessa versão natalina", conta Roberta.