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Aquecimento e pobreza

Redação
13/11/2025 08:55
De acordo com o Observatório Copernicus, o aquecimento dos oceanos e chuvas estão acima da média, calor e seca afetam todas as regiões do globo e não estamos cumprindo a promessa de desenvolvimento sustentável, como mostra o relatório da ONU divulgado em julho de 2024. O programa de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas que deveria ser um guia, não tem conseguido o que se propõe. Para o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, não podemos deixar de cumprir a promessa feita para reduzir a pobreza e proteger o planeta. O documento mostra que mais de 23 milhões de pessoas estão enquadradas na pobreza extrema e mais de 100 milhões de pessoas passam fome, e ano passado, tivemos o registro da temperatura mais quente já registrada, com o planeta se aproximando do limite crítico de 1,5° C.
Se a meta de aquecimento global passar de 1,5° C, como previsto, consequências graves para o planeta serão nosso futuro e a expectativa é de que a temperatura global chegue em 2,5° C acima dos níveis pré-industriais. Thwaites, uma das maiores geleiras do mundo, localizada na Antártica Ocidental, com 192 mil km², ou seja, do mesmo tamanho do Estado do Paraná, recebeu o apelido de "a geleira do fim do mundo" pelo potencial catastrófico, de acordo com os cientistas do Observatório do Clima. A geleira perde 50 bilhões de toneladas de gelo anualmente e é responsável pelo maior aumento do nível do mar do planeta. Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos da América, e de Waterloo, no Canadá, monitoram as mudanças na superfície do mundo utilizando um satélite da Finlândia que mostrou que a geleira está sendo atingida por correntes de águas quentes em consequência do aquecimento dos oceanos causado pelas mudanças climáticas.
"Os caminhões respondem por 90 milhões de toneladas de gás carbônico, mais do que os 60 milhões de toneladas da indústria", explica André Ferreira, do Instituto de Energia e Meio Ambiente e do Observatório do Clima. A circulação de mercadorias dentro do Brasil é ¾ do transporte feito pelos caminhões. Ficamos sabendo, pelo site de jornalismo Sumaúma, que o estado de Vermont, nos Estados Unidos, promulgou uma nova lei que exige que as empresas de combustíveis fósseis paguem por uma parte dos prejuízos da crise climática. A decisão jurídica pode ter implicações inéditas em todo o mundo. A escritora inglesa Megan Hunter, depois da maternidade, diz que aumentou sua esperança na luta contra a crise climática e escreveu o livro "The end we start from", em uma tradução livre "O fim de onde começamos". O argumento dela é promover mudanças de comportamento e desenvolver alternativas antes de que a situação de degradação do planeta seja irreversível.