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TikTok foi ponto de virada para Baudelaire Cookies; conheça a história

Por IA, com edição e informações de Bom Gourmet*
04/12/2025 10:41
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Crédito: Silvestre Laska

O impacto dos vídeos de bastidores no TikTok foi o ponto de vida para a Baudelaire Cookies, confeitaria de Apucarana (PR) que ficou conhecida pelas filas que dão voltas no quarteirão. Durante a 14ª edição do FoodCo. Experience, Júnior Broiato e Giovanni Tosi, fundadores da marca, falaram sobre como a rede social impactou o crescimento do negócio.
Segundo os empresários, a adoção intensa da plataforma em 2024 mudou o ritmo do negócio: reviews orgânicos viralizaram, atraíram novos clientes e ampliaram o fluxo nas unidades de Apucarana e Londrina (PR).
A história da empresa começa em 2019, quando os sócios adaptaram receitas estrangeiras de cookies e passaram a vender por encomendas pelo Instagram. Em poucos meses, alcançaram cerca de 5 mil seguidores na rede e participaram da primeira feira local, onde o aroma dos cookies recém-assados gerou fila constante — insight que motivou a abertura da primeira loja.
O investimento inicial veio da venda do único carro da família e de vários cartões de crédito, e a operação inicial usava um forno doméstico para apenas seis unidades por fornada.
Com a inauguração da segunda loja, em Londrina, no ano de 2023, os desafios aumentaram. A cidade maior trouxe custos três vezes superiores aos da primeira unidade, enquanto o público ainda não respondia na mesma proporção. Mesmo com posts diários no Instagram, o retorno demorou, e os sócios enfrentaram endividamento e dificuldade para fechar as contas.
A virada veio em 2024, quando passaram a publicar Reels e vídeos diários no TikTok, com narrativas sobre rotina, equipe, bastidores e erros de operação. As publicações atraíram novos públicos e levaram o movimento de dias comuns a se aproximar do fluxo de feriados.
A estratégia digital não se limitou a mostrar o produto, mas a rotina do negócio. Os conteúdos sobre atendimento, limpeza e processos geraram identificação e criaram uma comunidade que reagia às críticas e defendia a marca.
Durante o vestibular da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a loja registrou movimento equivalente a três ou quatro feriados em plena segunda-feira, reflexo direto do alcance digital. Os fundadores afirmaram que assumir a “cara da marca”, mesmo com resistência inicial, fortaleceu o vínculo com os clientes.
O crescimento, porém, trouxe desafios operacionais e financeiros. A expansão exigiu revisão de precificação, aumento da capacidade produtiva e profissionalização da rotina. A exposição nas redes também demandou preparo emocional para lidar com críticas.
Na palestra, os fundadores defenderam que marcas que mostram bastidores e constroem narrativa consistente têm maior chance de criar comunidade e fidelidade. “Crescer dói, mas a disciplina de conteúdo e a organização da operação fazem a diferença”, afirmaram ao encerrar.