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Curitiba ganha hamburgueria robotizada
A Hamburgueria do Futuro, prevista para inaugurar em outubro, na Rua Comendador Araújo, 420, em Curitiba, chega disposta a quebrar paradigmas e inserir a alta tecnologia de vez na cozinha, por meio de um braço robótico com a capacidade de preparar mil hambúrgueres por dia. A máquina, que foi produzida em colaboração entre empresas do Brasil, Estados Unidos e Japão, terá o papel de substituir o trabalho do chapeiro, que costuma ficar exposto a altas temperaturas.
De acordo com o arquiteto Fábio Cardoso, idealizador do projeto ao lado de Eduardo Amaral, a ideia é derivada do gosto dele pelos hambúrgueres e pela vontade de inovar. "Surgiu um pouco como brincadeira, mas logo eu e meu sócio começamos a pesquisar e ver que era possível", diz, reforçando que a noção de desenho de projeto, proveniente da carreira original da dupla, foi importante no processo criativo. Mais do que isso, eles assinam o projeto do Tropicool, um espaço criado para locações para pequenos negócios gastronômicos na Avenida Sete de Setembro e com projeto de expansão, que os ajudou na nova empreitada, que tem o apoio de Leo e Manu Macedo.
"Pensamos toda a questão conceitual, mas tivemos que acionar parceiros especializados em engenharia mecânica para desenvolver a parte prática", diz Fábio. Sem revelar valores, ele diz que a pandemia atrasou os planos, mas que, agora que o robô já está na capital e a obra adiantada - até o final de outubro já será possível iniciar o atendimento ao público.
Na prática, o funcionamento de todo processo - desde o pedido à entrega do sanduíche - segue a proposta dos tradicionais fast food, mas com um cuidado maior com os preparos e os ingredientes e com o diferencial do uso da alta tecnologia. "Nossa ideia é servir de dois a três hambúrgueres completos por minuto", estima.
Assim que o pedido feito pelo cliente por meio de um tablet é recebido pelo atendente, ele abre o pão e coloca em uma esteira com dosadores mecânicos, que porcionam os ingredientes, um a um, e preparam a base, encaminhada para os setor do chapeiro-robô. É nessa etapa que a carne é adicionada ao sanduíche. Por fim, um outro colaborador embrulha o hambúrguer e entrega ao cliente. "Todo o processo de preparação pode ser acompanhado pelo cliente, através do vidro da cozinha", acrescenta Fábio.
Com menos pessoas na linha de produção e um espaço ao público com apenas um balcão para espera, o projeto reduz a manipulação de alimentos, o que é mais do que providencial durante a pandemia da Covid-19.
O menu, que foi desenvolvido por uma equipe de São Paulo, é composto pelo que Fábio chama de "hambúrguer sem frescura, mas com um toque especial". "Optamos pelos cinco tipos mais tradicionais do sanduíche para chegarmos a um custo benefício bem legal", diz, ainda sem revelar os valores que serão praticados. O destaque fica por conta do queijo emulsionado, criado para penetrar no smashburger. O ingrediente só ficará de fora - por motivos óbvios - da opção vegana.