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Ferramenta facilita o “match perfeito” entre empregadores do food service e quem está procurando emprego

Responsável por gerar milhões de empregos em todo país, o food service ainda tem no processo de recrutamento e seleção de mão de obra um dos seus principais gargalos. Formado na sua grande maioria por pequenas e médias empresas, a busca por profissionais é, muitas vezes, feita de forma rudimentar e lenta, sem o apoio de ferramentas eficientes.
“Estamos falando de um mercado gigante, com um turnover altíssimo, mas que recruta de forma doméstica, porque não é atendido pelas grandes plataformas e bancos de talentos”, defende o empresário Rodrigo Garcez, fundador e CEO da startup CVRec. Há dois anos no mercado, a empresa surgiu para atuar justamente nesse gap, e facilitar o “match perfeito” entre quem procura um profissional e quem está buscando emprego.
As ferramentas tradicionais de recrutamento, na visão do empresário, têm custos muito elevados para as pequenas empresas. E, do outro lado, um banco de profissionais muito segmentado em áreas administrativas, que não atendem às necessidades do food service. “Essas plataformas não olham para profissionais como garçons, cozinheiros e auxiliares de limpeza. Então, essa dinâmica de oferecer vagas e procurar empregos, nesses casos, acontece muito mais nas redes sociais e grupos de Whatsapp.”

A CVRec combina as duas frentes: um banco de dados com preço mais acessível e disparo de vagas nos canais mais utilizados por esses profissionais. “A empresa cadastra a sua vaga e a ferramenta consegue disparar para grupos e redes sociais, fazendo a informação chegar de forma mais eficiente onde todo mundo vê”, explica Garcez. Depois, utilizando filtros específicos, ela cria um funil para facilitar a busca entre os candidatos e facilitar os primeiros contatos.
Com a automação, o processo que levava entre 1 ou 2 meses, pode ser feito em uma semana, estima o empresário.
Incentivo
A CVRec é uma das cinco startups vencedoras do Programa Fogo Alto, pelo qual empresas patrocinadoras investem nas startups que, por sua vez, oferecem gratuitamente seus serviços aos negócios de alimentação.
Garcez diz que a participação no programa tem sido um importante termômetro para medir a efetividade do produto. “O programa nos dá a noção de que estamos no caminho certo, entregando valor para as empresas do setor e também para quem procura recolocação”.
O programa foi criado a partir de uma avaliação da alta rotatividade de restaurantes no mercado brasileiro - que tem uma vida útil média de apenas 3,8 anos. O objetivo é mudar essa realidade, atuando como um catalisador para a adoção de tecnologias nos estabelecimentos, levando o apoio necessário para a adoção e manutenção dos processos.
O Bom Gourmet é um dos patrocinadores do Fogo Alto, ao lado de IFood, Comgás, Vox, Zig, Unilever, Rational, Bidfood e 2biz.
