Restaurantes
Sandwiches Mafalda, o clássico portenho que faz sucesso em Floripa desde 1981
Para conhecer um pouco de Florianópolis, vale sempre visitar seus clássicos. Curiosamente um dos mais tradicionais não se inspira na culinária açoriana, mas na portenha, é o Sandwiches Mafalda, um dos bares mais antigos da cidade, que faz sucesso há 37 anos.

Localizado na rua José Jacques, a poucos passos da Hercílio Luz, uma das principais avenidas do Centro, é possível enxergar de longe a placa com a adorada personagem criada pelo cartunista Quino. Ela não é a única, na lanchonete que leva seu nome há diversas mafaldinhas. A homenagem não é em vão, na casa são servidos sanduíches de miga, ícones da culinária argentina como as medias lunas e as empanadas.
Os sanduíches de miga, leves e molhadinhos, são montados do mesmo jeito, com pão fininho e sem casca em formato de triângulo. A maionese é o segredo da casa e o recheio é ao gosto do consumidor. Há os sabores simples, com duas fatias de pão (R$ 6) e os especiais com três (R$ 12).

São onze combinações simples como berinjela e presunto; azeitona e queijo; sardinha e queijo; pepino e presunto e quatro dos especiais, calabresa, tomate, pepino e queijo; atum, azeitona, tomate e queijo; presunto, queijo, tomate, pepino e berinjela; presunto, tomate, alface e ovos. O meio termo é o sanduíche de camarão (R$ 8), que tem um gostinho adocicado e é adorado pelos manezinhos.
Para aguçar os apetites, os sanduíches são empilhados e postos no balcão de vidro.

O Mafalda foi aberto pela catarinense Marisete Contin, em janeiro de 1981, na época era casada com um argentino, e continua ao seu comando – e da fiel funcionária Verônica Wessler, que trabalha desde que foi inaugurado. De segunda a sexta elas revezam o turno. Verônica trabalha das 9 às 19 horas e Mari, como gosta de ser chamada, das 19 até o último cliente ir embora, bem depois da meia-noite.
Democrática, a lancheria é frequentada pelas classes trabalhadoras e também pela elite. Há clientes que batem ponto desde 1981. São tão íntimos que chegam, mudam o canal de TV e sabem que a única proibição de Mari são as novelas.

Para a proprietária os motivos para quase quatro décadas de casa cheia são os bons debates que rolam por ali, a persistência e o gosto conversador da clientela. “O público prova o diferente, mas sempre volta para o tradicional”, diz.