O pequeno espaço localizado quase na esquina da Carlos de Carvalho com a Ermelino de Leão chama a atenção com seu laranja vibrante emoldurado pelas trepadeiras que caem pela marquise. O nome Cubano combina com as as cores alegres, que também estão presentes nos sombreiros que dão mais conforto àqueles que decidem se sentar nas mesinhas dispostas na calçada. Basta se aproximar para entrar ainda mais no clima, com o ritmo alegre das canções latinas.

O carro-chefe da casa é o autêntico sanduíche de porco cubano, o mesmo referenciado no filme Chef (2014), que conta a história de um cozinheiro que se reinventa vendendo a iguaria em um food truck em Los Angeles. A versão do Cubano, desenvolvida pelo chef-consultor Dudu Tanus, é entregue em uma baguete de quase 30 centímetros recheada com tiras de mignon suíno marinadas em ervas e especiarias, que dão um gostinho cítrico à carne. Como complemento, tem queijo suíço, presunto e pepino em conserva, finalizado com molho à base de mostarda. O sanduba, super bem servido, custa R$ 25, com a opção de meio R$ 15.

A carta de drinks, com seis opções, também tem uma inspiração cubana, com foco total no rum. Além da Cuba Libre, feita com coca-cola e limão espremido (R$18), há o tradicionalíssimo Mojito (R$ 22), que também tem versão reinventada com frutas vermelhas e rum prata, hortelã e limão da receita orginal (R$ 24). O local também tem chope e cerveja, servida em garrafas de 600 ml.

Mas a influência latina do Cubano vai além da ilha incrustada no Atlântico, na América Central. Aliás, o passeio pelos sabores tem a ver com uma pequena confusão que marcou uma viagem de uma das sócias da casa, Patrícia Fregonese, à cosmopolita Nova York. "Minha irmã me levou para comer no Café Havana e lá comi o elote, um milho mexicano adocicado preparado com uma cobertura de maionese e temperos que conferem ao preparo um sabor único. Como comi numa casa cubana, achei que o prato fosse de lá", relembra.

Foi depois de uma pesquisa, quando surgiu a ideia de abrir o Cubano, que veio a descoberta da origem do prato. "Não queríamos deixá-lo de fora do menu e ampliamos as opções de pratos para outros países da América Latina", diverte-se. Assim, além do elote, a carta também ganhou as arepas, feitas de farinha de milho branco, muito populares na Colômbia e na Venezuela.

Para chegar à receita mais próxima do elote original, Patrícia conta que foram feitas diversas experiências, já que o milho servido no México, assado em pequenos defumadores de rua, é de uma espécie mais macia e adocicada, que proporciona o contraste de sabores com a cobertura de maionese com limão e especiarias e um toque de chili em pó para finalizar.

"Para deixar o milho verde mais doce, o cozimento é feito em água com açúcar demerara. Trazer o milho originalmente usado na receita aumentaria os custos e chegamos a uma boa solução", acredita Patrícia. Depois de cozidos, os milhos são passados na chapa e, depois, pela mistura de maionese e especiarias.

Os elotes são vendidos por unidade (R$ 10) ou porção com quatro elotitos (R$ 15). As arepas do Cubano, como manda a tradição, são servidas recheadas. Há uma opção com guacamole, frango desfiado e maionese (R$ 10) e a versão vegana, que leva apenas a guacamole. "Mais para frente, estamos estudando incluir mais comidas de rua com inspiração latina. Pode ser até que role uma versão doce a arepa", revela Patrícia.

Cubano - El Clásico Sándwich
Onde: Alameda Carlos de Carvalho, 15c
Quando: de terça a sexta, das 15h às 23h e sábado e domingos das 16h às 23h
Mais informações: @cubanocwb