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Délio e Angela com o prato em lembrança ao Outubro Rosa e o Novembro Azul.

Restaurantes

Saiba como o Prato da Boa Lembrança se tornou uma importante ação social nos restaurantes

Diogo Dreyer, especial para o Bom Gourmet
19/10/2021 14:08
Dizem que uma boa refeição fica eternizada na memória. Mas, para o italiano radicado no Brasil, Dânio Braga, isso não bastava. Ele queria poder despertar suas lembranças gustativas da mesma forma que fazia em sua terra natal: levando para casa algum troféu dos restaurantes que o impressionaram.
Surgiu assim, em 1994, o Prato da Boa Lembrança, uma peça de colecionar em cerâmica que o cliente leva para casa após a refeição.
De lá para cá, o projeto virou a Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança, que já fabricou mais de 1,2 milhão de pratos. Todos com temas exclusivos, feitos especialmente para cada restaurante participante.
“O Prato da Boa Lembrança é o troféu de todo colecionador”, explica a presidente da associação, Beth Beltrão.
Segundo ela, é uma forma de representar, na memória do consumidor, uma experiência gastronômica única.
Isso, claro, suscitou a “cobiça” de colecionadores, como o paulistano Anesio Fassina, que usa até o teto de casa como galeria dos Pratos da Boa Lembrança. Ele foi tema de reportagem do Bom Gourmet em 2019.

Homenagens em família

Na ação, receita e cerâmica são pensados para deixar uma memória gustativa que impressione o cliente.
Na ação, receita e cerâmica são pensados para deixar uma memória gustativa que impressione o cliente.
Um dos pioneiros da ação é o chef Délio Canabrava, que participa desde 2003. A Cantina do Délio, que ele toca em Curitiba, já ofertou 15 pratos da ação.
Em 2021 lançou dois novos: o primeiro foi em homenagem aos 20 anos da confeitaria Banoffi, conhecida por ter popularizado o doce inglês de mesmo nome em Curitiba. Nada mais justo.
“Ninguém falava em banoffi por aqui quando a gente começou. Desde então, as duas empresas sempre estiveram interligadas e uma ajudou a outra a crescer”, explica Délio.
Neste mês, lançou um prato para lembrar o Outubro Rosa e o Novembro Azul. A arte é da artista Angela Canabrava Buchmann, irmã do chef. A receita, claro, é dele.
“Um delicioso cartoccio de salmão com legumes. Esse é um método onde o alimento é colocado em uma bolsa, e depois, assado. É a umidade do próprio alimento que cozinha o salmão e os legumes”, explica.
Complementado com especiarias e manteiga, sai por R$ 120, lembrando que o cliente leva a cerâmica para casa. Todos os Pratos da Boa Lembrança da Cantina do Délio foram pensados em família.
“Fazemos os desenhos aqui. Angela pinta no estúdio, em Curitiba, e os pratos são feitos todos em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Uma cerâmica faz os pratos para o Brasil inteiro”, explica Délio.
O chef conta que sempre escolhe um prato e uma receita que, juntos, formem homenagens. “Já lembramos os 500 anos da morte de Leonardo Da Vinci e o Jardim Botânico de Curitiba, por exemplo”.

Contribuição social

A ideia do projeto é fortalecer a gastronomia nacional, mas também promover o crescimento do setor com responsabilidade social e sustentabilidade.
“A cada R$ 5 das vendas dos nossos pratos que participam da ação são destinados à Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas. Além da gente contribuir socialmente, faz muito sucesso com os clientes. Ano passado, com o fechamento por causa da Pandemia, a gente despachava os pratos para os colecionadores e doava 10 marmitas para cada venda. E a homenagem foi agradecendo a Boa Lembrança”, conta Délio.
Além da Cantina do Délio, fazem parte da Associação da Boa Lembrança no Paraná o Ernesto Ristorante, o Quintana Gastronomia, o Chalet Suíço e o Girassol de Palmeira.
Mais informações: @boalembranca.

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