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Restaurantes

Restaurante em Curitiba serve pizza na tábua, receita italiana com formato quadrado

Júlia Ledur
06/04/2017 20:00
Pizza alla pala é vendida inteira ou por pedaço. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo
Pizza alla pala é vendida inteira ou por pedaço. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo
Os amantes dos sabores italianos têm mais uma especialidade do país da bota à disposição em Curitiba: a pizza alla pala, servida no Del Borgo, inaugurado em outubro do ano passado no bairro Juvevê. O diferencial da especialidade, original de Roma, é o preparo: a massa boleada é maturada em câmara fria a 5 graus C por no mínimo 48 horas. Depois, é retirada cerca de 8 horas antes de ser servida para sofrer a fermentação. Os ingredientes também são especiais: farinha italiana e fermento natural lievito madre. “O benefício desses ingredientes e do preparo é uma massa leve, com coloração castanha e textura crocante”, explica o chef Alessandro Formenti.
As pizzas são grandes, medem 60 cm x 40 cm e servem quatro pessoas. Os sabores são variados: da tradicional Napoli (R$ 119), que leva molho de tomate, mozzarella flor di latte, folhas de basílico ou manjericão, azeite e lascas de parmesão, até combinações mais exóticas, como a Panino di Salame (R$ 198), feita com cream cheese, salame, rúcula, tomate e aceto balsâmico. Também se destacam a Sardegna (R$ 158), com molho de tomate, mozzarella, presunto Royale, espinafre e burrata, e a Verona (R$ 87), que leva lascas de batata azeite de oliva, alecrim e sal rosa. Também são vendidas por pedaço (por quilo) ou em tamanhos individuais, de R$ 28 a R$ 56.
Além das pizzas, o restaurante tem entradas, como a berinjela gratinada com burrata (R$ 21), saladas e massas, feitas artesanalmente. O carro-chefe são os Tortellini della Oma al burro, sálvia e formaggio parmigiano (R$ 42), recheados com carnes especiais. A receita é da mãe de Alessandro, que prepara todos os tortellini e lasanhas à mão.
O toque familiar no restaurante, aliás, vem de muito tempo. Aos 19 anos, Alessandro, filho de italiano, foi morar com a avó na Itália, em Verona. Lá aprendeu boa parte do que sabe fazer na cozinha. “Eu convivi com ela na cozinha direto. A gente fazia risotos, pastas, polenta, e aos domingos a gente preparava tortellini. Peguei gosto”, diz. Hoje, além da mãe do chef, também faz parte da equipe do restaurante a irmã, Vânia Formenti, que comanda a equipe de garçons; o pizzaiolo Daniel Zelindo, que prepara as palas; e o chef italiano Antonio Francesco Zonca, responsável pelos almoços.
Slow food
De um lado do salão inferior do Del Borgo, um painel ilustrado conta a história da trajetória de Alessandro até a abertura do restaurante. Na direção oposta, uma fotografia bastante realista da cidade de Verona ilumina as mesas e cria uma atmosfera ainda mais italiana. Quem senta perto da imagem tem a impressão de estar em uma sacada da cidade.
O ambiente pessoal do Del Borgo, que em português significa algo como “do bairro” ou “da vila”, é combinado ao conceito de slow food da cozinha. No restaurante, boa parte dos ingredientes – como o prosciutto crudo, o queijo parmigiano e as farinhas – são de origem italiana. Além disso, todos as ervas e temperos utilizados nos preparos são cultivados em uma horta na casa da mãe de Alessandro.
Os ingredientes frescos também são priorizados nos almoços, em que não há um cardápio fixo. “A gente faz carnes grelhadas ou assadas combinadas com risotos ou massas grano duro”, explica o chef.
Na seção de sobremesas, o queridinho do menu é o Sticky (R$ 17). Inspirado na cozinha americana, o doce é feito com massa amanteigada com nozes pecan e canela coberta com calda caramelizada. Também tem tiramisù (R$ 16), crème brûlée (R$ 14) e merengue com calda de frutas vermelhas (R$ 15).
Além disso, os amantes de vinho têm uma atração à parte: a winestation, máquina americana que permite a degustação de oito rótulos de vinho diferentes. Basta carregar um cartão e escolher entre o modo degustação, meia taça ou taça inteira.
E como não tem horário específico para saborear uma boa comida italiana, o restaurante abre de segunda a sábado das 9h às 23h e serve itens de café da manhã e da tarde. Há pães feitos na casa (R$ 50 o quilo) , acompanhados de manteiga, geleias, mel e Nutella (R$ 4 o pote de cada), além de frutas, panquecas e embutidos. Para beber, cappuccino ou suco de laranja.
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História da Del Borgo
Antes da inauguração da loja física, a trajetória do Del Borgo começou sobre rodas. A cozinha passeava por Curitiba em um food truck, o primeiro do Brasil equipado com um forno à lenha, que pesa nada menos do que duas toneladas. O forno foi importado de Napolis, na Itália, e é feito de cerâmica e cinzas do vulcão Etna.
Para abrigar o equipamento, Alessandro, que é engenheiro civil, precisou projetar um caminhão próprio. O resultado foi um food truck de 9 metros com um container. Mais tarde, os empecilhos da lei curitibana referente aos caminhões fizeram com que o chef considerasse a abertura de um ponto fixo. “O food truck em Curitiba ainda tem dificuldades para trabalhar. E também acontecia de os clientes nos perguntarem: ‘e onde eu vou comer a pizza de vocês?’”, conta Formenti. “Agora, nós participamos de eventos com o food truck e ainda podemos indicar o restaurante para os clientes”.
Serviço
Travessa Dr. Flávio Luz, 132 – 01, Juvevê. (41) 3121-8484. Funciona de segunda a sábado das 9h às 23h.

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