Restaurantes
Veja preço dos menus nos melhores do mundo
Jantar no melhor restaurante do mundo pode não ser tarefa fácil. Talvez nem mesmo pelo preço (que não é barato), mas muito pela dificuldade em conseguir uma reserva. Pudera, os quatro anos à frente da lista da Revista Restaurant (2010, 2011, 2012 e 2014) garantiram ao dinamarquês Noma, em Copenhague, um público que disputa à unha um dos seus 45 lugares.
Para garantir uma reserva, são meses de espera. Há vagas, no momento, para a partir de julho. Os dispostos a esperar poderão, no entanto, apreciar a cozinha de ingredientes simples e rústicos do chef René Redzepi e sua equipe. No cardápio, há itens como codornas em conserva; pato selvagem e tartare de carne e formigas, em um menu de 20 pratos, ao custo de R$ 650.
Mas não espere um restaurante superluxuoso. No Noma, a marca principal é a rusticidade.
Há uma hora de Barcelona, na cidade de Girona, o El Celler de Can Roca subiu de patamar em 2013, quando liderou pela primeira vez a lista dos melhores restaurantes do mundo. Na edição 2014, caiu um posto. Mas ainda é um dos mais disputados da seleção, com lista de espera de sete meses.
Se conseguir um de seus 55 lugares, o cliente poderá experimentar um menu elaborado cuidadosamente pelos irmãos Roca, com ingredientes da Catalunha ou vindos do mar. Os preços partem de R$ 400, mas ultrapassam facilmente os R$ 500, nas opções com mais pratos.
É fato que a lista da revista Restaurant destaca, sobretudo, restaurantes modernos, com conceito vanguardista de cozinha. Algumas exceções, no entanto, conseguem furar esta barreira. É o caso do Osteria Francescana, do chef Massimo Bottura, que promove um equilíbrio entre o moderno e o clássico.
No menu da casa, há pratos tradicionais da região de Emilia-Romagna, como tortellini com molho de parmesão e tagliatelle com ragù. Mas, há também elementos avant-garde, como sorvete com naco de foie gras, avelãs e vinagre balsâmico.
A casa é minúscula, são apenas 12 mesas, mas pode-se conseguir reservas para poucos dias, caso se deseje. O menu, a partir de sete pratos, custa, no mínimo, R$ 400.
No nova-iorquino Eleven Madison Park, quarto lugar na lista, o chef Daniel Humm traz um conceito luxuoso e sofisticado de restaurante. A sala de jantar é espaçosa, com enormes janelas do chão ao teto e pisos de madeira. Claro, tem um menu à altura.
Humm brinca com seu cardápio de maneira a oferecer uma experiência única a quem o visita. Em uma das etapas, o garçom vai às mesas munido de um moedor e parte algumas cenouras frescas para o cliente. Em outra, o visitante recebe uma porção de condimentos, como gema de ovo de codorna e rábano fresco, para que possa montar seu próprio prato.
O menu custa em torno de R$ 500 e é preciso quase um mês de antecedência para se fazer uma reserva.
O britânico Dinner by Heston Blumenthal foi aberto recentemente, em 2011, e já ocupa posição de destaque no ranking. Compreensível, já que carrega em seu nome o peso da marca de um dos maiores chefs da história recente. Heston Blumenthal fez história com seu Fat Duck e deixou a cargo de seu braço direito, Ashley Palmer- Watts, a cozinha da casa londrina.
O menu é um apanhado histórico com roupagem vanguardista. Receitas do século 19, como o Bohemian Cake, são servidas em novo formato — antes era um simples bolo de chocolate com limão, mas, nas mãos de Watts, virou uma sobremesa moderna com grapefruit e mousse de chocolate, servido com sorvete de mel.
A sequência custa R$ 560, mas há pratos à la carte (a partir de R$ 150). A espera é de poucos dias.