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Restaurante Carlo aposta em comfort food para conquistar clientes pós-coronavírus.

Restaurantes

Forneria Copacabana vira Carlo e terá menu italiano a preços até 30% menores

Gisele Rech
08/05/2020 14:31
De olho no futuro pós-pandemia, o empresário Beto Madalosso, de Curitiba, coloca em ação um plano que começou a ser gerado há oito meses, mas que começa a sair do papel como resposta à crise provocada pela Covid-19.
A sua Forneria Copacabana, no Água Verde, vai dar lugar ao Carlo, um restaurante com preços mais acessíveis e com um cardápio voltado para a chamada comfort food, com uma pegada bem italiana. A reforma já começou e a previsão de abertura é daqui a dois meses, desde que a pandemia do coronavírus já esteja mais controlada.
Para seguir a nova linha gastronômica, Beto quis prestar uma homenagem ao pai, que se chama Carlos, o que reforça o conceito familiar que ele desenvolveu.
"Queremos simplificar a gastronomia e colocar a comida mais perto do coração", diz se referindo à cozinha afetiva, que é uma gastronomia baseada em memórias, experimentar um prato e imediatamente associar aquele sabor a uma lembrança boa da vida. Por isso, a carta vai ter pratos como carne de panela, rabada e frango ensopado, em um resgate à autêntica comida da nonna.
Com a mudança na carta, os preços também serão até 30% mais baixos, em uma adaptação ao consumidor que virá depois da pandemia. "Prevemos uma queda no poder aquisitivo das pessoas e queremos que elas continuem frequentando o restaurante como forma de lazer", diz. Se antes o prato mais barato da Forneria saia por R$ 55, agora custa R$ 42 (anchova com legumes). O mesmo ocorre com as sobremesas. No menu do Carlo, haverá opção a partir de R$ 12 (banana ao forno), menos da metade do preço da sobremesa mais em conta do menu da Forneria. A carta de vinhos também está mais enxuta e passou de 220 rótulos para 100.
O carro-chefe é a "comfort", mas estão mantidas as opções de mignon, com valores de R$ 65 a R$ 70 o prato individual, que é muito procurado pelos curitibanos.
O novo restaurante vai funcionar apenas no sistema à la carte, incluindo os pratos executivos com os servidos durante a semana, que ficam como opção de almoço rápido no lugar do buffet a quilo, que foi desativado.
O novo nome da Forneria Copacabana homenageia o pai de Beto Madalosso. Crédito: Divulgação
O novo nome da Forneria Copacabana homenageia o pai de Beto Madalosso. Crédito: Divulgação
Carlito Café e Rotisseria
Outra novidade para o público vai ser o Carlito, cafeteria e rotisseria que vai ficar aberta durante a tarde para atender, em especial, o público do prédio comercial que funciona no mesmo endereço do restaurante. "Há uma média de 1.200 pessoas que trabalham ali e queremos dar uma alternativa para que tome aquele café da tarde, façam reuniões ou ainda comam algo mais leve", diz Beto.
A rotisseria vai servir preparos rápidos no sistema de takeaway, popularizado durante a quarentena, e também para quem quiser comer algo enquanto estiver no café. "Haverá uma pessoa servindo no balcão para evitar menos contato direto das pessoas com os alimentos", diz Beto.
Inquietação
Mais do que uma mudança de conceito, aliada à adaptação ao período pós-pandêmico, a troca do nome do empreendimento põe fim a uma inquietação que Beto trazia desde a época em que inaugurou o restaurante na Avenida Iguaçu há seis anos.
"O nome Forneria Copacabana nunca encaixou bem ali na Iguaçu. Não remetia a nada e era difícil de explicar. Foi uma derivação do Forneria da Itupava (que funcionou de 2011 a 2017), mas que não combinou muito bem em com o estilo do prédio comercial e não tinha uma ligação direta com os pratos servidos", reconhece.
Mada Pizza & Vinho
Enquanto muitos empresários do setor estão fechando as portas em função da crise, o irrequieto Beto atua, ainda, em outra frente. Um pouco antes da eclosão da pandemia, ele já havia alinhavado um contrato de um imóvel para abrir a primeira filial da Madá Pizza e Vinho, inaugurada em setembro do ano passado na Saldanha Marinho, 1.230. O local segue com o salão fechado durante a quarentena, mas está atendendo por delivery (Loggi, Rappi e James) e pelo sistema takeaway, pelo WhatsApp 99561-5379
"Estava com o contrato em mãos e resolvi arriscar. O novo endereço é no Ecoville e pretendemos abrir em mais ou menos três meses", conta, confiante de que o cenário apocalíptico provocado pela Covid-19 se transforme.
Como uma autêntica filial, a carta da nova unidade que atenderá a região oeste de Curitiba, será a mesma da matriz, com oferta de algumas opções de pizzas, massas, sanduíches, chope, cerca de 20 rótulos e quatro torneiras de vinhos, que servem taças do produto armazenado em barris que vêm do Rio Grande do Sul .

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