Restaurantes
Local tem almoço, padaria, cafeteria e loja
O Coletivo Alimentar começou como um “laboratório vivo” em agosto de 2015 e agora estreou com um conceito único em Curitiba. O local, idealizado pelo empresário Luiz Mileck, reúne no mesmo espaço diversas iniciativas em alimentação e gastronomia, como almoços colaborativos, uma padaria orgânica, uma mercearia, uma cafeteria auto-gerida pelos atendentes e cursos livres de técnicas na cozinha. Por cem dias, o endereço foi um local de experimentação. Entre janeiro e abril a casa passou por uma reforma de infraestrutura e agora está de cara nova.
A experimentação intensa do ano passado deu coragem para executar todas as atividades ensaiadas e ainda há lugar para mais. A ideia, segundo o idealizador, é fugir do lugar comum. O espaço voltou a funcionar em 30 de abril e no dia 30 de junho, uma quinta, sedia mais uma competição de latte art entre baristas de Curitiba, o TNT – mesmo tipo de evento que foi a estreia do coletivo no ano passado.
Com a reforma, todos os móveis, antes feitos com materiais provisórios e reaproveitados, foram trocados por uma decoração industrial e minimalista. Os escritórios, sala de reunião, mercearia e cafeteria foram reformulados. Há outros projetos, como o auditório e a cozinha coletiva, mas que ainda não saíram do papel. Entenda como funcionam os diferentes espaços do Coletivo Alimentar:
Atividades fixas
Quem ocupa os 400 metros quadrados atualmente é Rafael Vaccari, padeiro do Papel-Manteiga; o fotógrafo Munir Bucair Filho, da Controversos Fauxtógrafos, e a Vivah Gastronomia, empresa de vivências do idealizador. Periodicamente os integrantes do convívio Coré-Etuba do Slow Food promovem suas reuniões no local e o endereço é um dos pontos de entrega das cestas do Comida Relacional, um projeto da ONG Casa da Videira para manter uma rede de agricultores na Região Metropolitana de Curitiba.
De segunda a sexta-feira, o Coletivo Alimentar recebe um chef diferente para preparar almoço executivo (leia mais abaixo) e aos sábados serve brunch, também com mudança entre os cozinheiros e um barista diferente. Um sábado por mês organizam o Coletive-se, um brunch com atividades paralelas como oficinas de cerâmica, de culinária e de café.
Cafeteria e padaria
Aberta das 9h às 18h, tem à disposição nove métodos de extração de café (de R$ 4 a R$ 12: espresso, Aeropress, Hario, Wood Skull, Clever, Bee House, canadiano, French Press e Pour Over), além de cappuccino (R$ 5) e chocolate quente (R$ 6). Para comer, uma fatia de pão de fermentação natural na chapa (R$ 3), com manteiga (R$ 4), lardo da Monte Bello (R$ 5), geleia do dia (R$ 5), doce de leite (R$ 5) ou 200 g de queijo (R$ 10), adicional de ovo ou bacon por R$ 2. Tem também chope de cervejarias artesanais do Paraná (de R$ 10 a 13, 400 ml), sucos orgânicos e doces, como bolo e brigadeiro. A água é de graça.
No balcão estão pães de fermentação natural feitos pelo Papel-Manteiga. Vaccari fazia os pães em casa e entregava duas vezes por semana. De 80 quilos por mês, passou a usar 250 quilos. As fornadas saem o dia inteiro e as entregas são após o horário de fechamento. A farinha de trigo integral é moída na hora e os pães variam de R$ 15 a R$ 20 o quilo. Também tem focaccia (de R$ 5 a R$ 7) e brownie de cacau com doce de leite caseiro e rapadura do Vale do Ribeira (R$ 9, 120 g).
Almoço executivo
A cada semana um chef diferente cria pratos temáticos. A segunda é dedicada a pratos vegetarianos. Terças são para a cozinha étnica, inspirada em algum país. Às quartas, o chef vai até a feira orgânica da Praça do Expedicionário e monta o cardápio a partir do que encontrar lá. O menu de quinta-feira é pensado na cozinha brasileira e o de sexta é dedicado à culinária paranaense. O almoço tem preço fixo de R$ 25 e é servido de segunda a sexta-feira das 12 às 14h com uma entrada e mate gelado. É preciso fazer reserva pelo telefone (41) 3121-1720.
Quem faz a curadoria dos cozinheiros é Ana Caro Ribeiro, chef da Frozinha Gastronomia, e “une as duas pontas”: ouve a proposta do cozinheiro e explica o funcionamento do Coletivo. Ela também comanda a cozinha de vez em quando, preparando pratos como curry de vegetais com arroz de coco para uma segunda-feira e arroz marroquino com legumes ao molho de tahine para uma terça, por exemplo. Já passaram pela cozinha do Coletivo Alimentar Vitor Moraes, da Mise en Place, e Renata Vidal, da Cozinha da Rê.
Escritório
No segundo andar acima da cafeteria ficam os escritórios e a sala de reunião. Com o foco de criar uma rede de contatos entre pessoas interessadas em gastronomia e cultura alimentar, os escritórios são voltados para profissionais que trabalhem com algo relacionado a estes temas. Estão instalados lá a Vivah Gastronomia e a Controversos Fauxtógrafos. O espaço comporta três escritórios para até três pessoas e seis cadeiras fixas, para quem trabalha sozinho. Há uma biblioteca da Vivah Gastronomia para consultas no local e janela para o terraço, onde fica a horta. Ainda há vaga para três empresas e uma “promoção”: no início, o aluguel de um mês valerá para dois, para que o profissional avalie a experiência.
Mercearia
Tem cerca de 20 fornecedores e comercializa itens que tenham a cadeia produtiva sustentável. Podem ser artesanais, locais, premium, orgânicos ou sazonais. O importante é ser ligado à alimentação e ter o processo e ciclo de produção conhecido e responsável social e ambientalmente. Estão lá panos de prato, vinhos, cervejas artesanais, geleias e doces, chocolates orgânicos, entre outros.
Cozinha coletiva e auditório
Ainda sem reforma, a cozinha no segundo andar é usada pelo padeiro Rafael Vaccari e pelos chefs que preparam o almoço semanalmente. Em anexo, há um terraço em que ficam alguns temperos. No futuro, quando estiver totalmente reformada, terá várias ilhas para que comporte atividades paralelas e o telhado será uma horta urbana, modelo testado na calçada da frente e que fez sucesso entre os vizinhos. O auditório, no primeiro andar, terá um cozinha de finalização para servir o almoço e realizar workshops, com um salão próprio. Por enquanto, o almoço é servido próximo à cafeteria, que também tem uma cozinha de apoio.
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Serviço
Rua Comendador Macedo, 233, Centro – (41) 3121-1720. Abre de segunda a sexta das 9h às 18h e aos sábados das 10h às 16h. Contato pelo e-mail coletivoalimentar@gmail.com ou pela fan page no Facebook.