Com cardápio enxuto, uma especialidade famosa no cardápio e um público que gosta de ficar na rua, os bares do início da Av. Manoel Ribas formam um dos roteiros mais jovem de Curitiba. Depois da Trajano Reis, São Francisco e, mais recentemente, Vicente Machado, as oito quadras iniciais da avenida que leva o nome do político ponta-grossense tem visto uma consolidação do público que bares, como o Choripã e La Chiviteria, atraíram para a região em 2014. As propostas são distintas: sanduíche uruguaio em uma ponta, inspiração colombiana e argentina ao meio e comida de boteco brasileiro no outro extremo. Confira as cinco casas abaixo:

Tecnicamente o bairro ainda é São Francisco e o bar está no fim da Rua Jaime Reis, mas é por ela que começa o movimento nas calçadas. Os sanduíches servidos são os “chivitos”, especialidade uruguaia que combina ingredientes como bife de filé mignon chapeado, bacon, presunto, queijo, alface, tomate, ovo cozido e azeitonas (Chivito da Casa, R$ 22). O tradicional, sem ovo e sem presunto, sai por R$ 19. Destaca-se também o Chivito Canadense, com uma maionese similar a um salpicão (R$ 24), o choripan (R$ 16), o pão com croquete (R$ 14) e o bauru gaúcho (R$ 19).

A casa abriu em julho de 2014 e aos domingos tem chope a R$ 5, cerveja Amstel por R$ 10 e, durante o inverno, quentão por R$ 5.

Rua Jaime Reis, 598, São Francisco – (41) 3024-5044. Abre de terça a sábado das 17h30 a 0h e aos domingos das 15 às 22h. Capacidade para 60 pessoas.

Entrando na Rua Tapajós, a primeira quadra tem endereços com o mesmo estilo dos dois lados da rua. O bar de inspiração argentina Choripã abriu em dezembro de 2013 e serve a iguaria que o nome sugere: o sanduíche argentino de linguiça artesanal feita pelo próprio restaurante. Há combinações como linguiça de frango com queijo ou de pernil com provolone e elas são servidas em nove sanduíches que levam ainda chimichurri e vinagrete (de R$ 13 a R$ 16).

A casa também trabalha com porções de linguiças artesanais de carneiro, toscana ou fina: a “de metro” vem com cerca de 400 g de carne e é guarnecida de mandioca cozida, pães e molhos (R$ 30); linguiça fatiada com farofa (R$ 10, porção de 200 g), batata rústica e bolinho de linguiça com mandioca (R$ 21, 10 unidades com frango com queijo coalho e pernil com provolone). Para beber, chopes e cachaças artesanais.

Rua Tapajós, 30, Mercês – (41) 3044-6774. Terça a sexta das 16h e sábado e domingo a partir das 14h. Capacidade para 40 pessoas.

A hamburgueria vegana abriu em fevereiro de 2015 e tem cinco sabores de hambúrguer no cardápio: soja com beterraba; lentilha com abóbora; grão-de-bico e cenoura; ervilha, batata e gergelim; e feijão com tofu defumado. Eles podem entrar em quatro combinações de sanduíches, todos feitos com produtos veganos: o Mamba é montado com maionese, queijo, alface, pepino e tomate (R$ 12); o Laika leva pasta de pimentão, cebola caramelizada, cheddar e tomate (R$ 14); o Lupita, com molho azedo, nachos, green cheese, molho de pimenta e alface roxa (R$ 14); e o Valentina, com pasta de azeitona, provolone, rúcula, castanha de caju e cebola roxa (R$ 16).

O único sanduíche que não leva hambúrguer é o Manara, montado com bife de soja, barbecue, maionese, alface roxa e escabeche de berinjela (R$ 14). Tem sucos naturais (R$ 4), cerveja artesanal, vinho orgânico em taça (R$ 8), porções de fritas (R$ 15) e de mandioca (R$ 12)

Rua Tapajós, 19, Mercês. Abre de terça a sábado, das 18 às 23h.

Batizado com o nome que Gabriel García Márquez inventou para a cidade que sintetiza a América Latina em “Cem Anos de Solidão”, Macondo só poderia ter alguém da Colômbia na cozinha. Claudia Rueda mudou-se para Curitiba em 2014 e com o namorado Fernando Hoflinger montaram o bar. No cardápio, três pratos típicos praticamente inéditos em Curitiba: arepas, empanadas e patacón. As farinhas de milho branca e amarela são feitas pelo próprio casal, que compram o grão seco, hidratam, cozinham, moem e moldam os discos das arepas e a massa das empanadas.

A porção de patacón (discos de banana da terra fritos) saem por R$ 12,50. As arepas podem ser recheadas de costela, de provolone com bacon, de frango com shiitake, de carne seca ou de brócolis com molho branco (de R$ 15,50 a R$ 16,50) e as empanadas, servidas em porção de seis, podem ser de carne moída com molho de tomate ou de queijo com ervas (R$ 12,50). Tem também hambúrgueres, feitos de fraldinha Angus ou falafel (de R$ 17,50 a R$ 19,50), como o Macondo Bacon, que leva muçarela, bacon e barbecue ou o cream, com muçarela, cream cheese, cebola e rúcula. O Macondo tem cervejas, carta de drinks (de R$ 12 a R$ 16) e shots (R$ 12) e durante o inverno serve o canelazo, uma espécie de quentão típico da Colômbia feito com rapadura, limão, anis estrelado, caneça e cachaça (R$ 5, 240 ml).

Av. Manoel Ribas, 352, Mercês. Abre de terça a domingo a partir das 18h30, a cozinha fecha às 23h30. Capacidade para 30 pessoas.

O bar funciona no mesmo endereço do antigo Bar Botafogo e o cardápio está escrito em uma lousa: pão com bolinho, coxinha de farofa e chopes. O que mais sai é o pão com bolinho (R$ 10), montado em pão sírio com duas unidades (de carne ou falafel), repolho roxo, pepino, tomate e babaganush. A coxinha de farofa (R$ 4) é como a tradicional da Lapa, com frango, mas também pode-se pedir a versão vegana, com legumes e azeitona.

Para beber, tem quentão feito com vinho branco (R$ 7), cervejas em garrafa e chope. De terça a sexta-feira tem promoção de double chope até as 20h. Em breve, a casa passa a abrir mais cedo e servir almoço executivo.

Av. Manoel Ribas, 750, Mercês – (41) 3093-9001. Abre de terça a sábado das 18 às 23h. Capacidade para 36 pessoas.