Restaurantes
Curitiba ganha casa de cozinha ibérica
Uma cidade autônoma na fronteira de Portugal e Espanha, na província de Badajoz, batiza o novo empreendimento do Grupo Vino!. O restaurante Olivença abre as portas na próxima terça-feira, no Batel, com cardápio assinado pelo chef português Hélio Loureiro e tocado pelo brasileiro Gilberto de Paula. A preocupação do criador do menu foi trazer receitas que contam a história gastronômica portuguesa e espanhola. “Pastel de nata e jamón pata negra [presunto característico da região] tem que ter. É como bolinho de bacalhau. São coisas obrigatórias”, diz Loureiro. Os pratos são individuais e compõem um cardápio com mais de 40 opções dos dois países.
Loureiro é natural da cidade do Porto, chef do Porto Palácio Hotel e responsável pelo menu dos jogadores da seleção de futebol de Portugal. Como referência de seu país, onde “o bacalhau é uma religião”, como define, há o peixe servido em forma de bolinhos (R$ 19 a porção com cinco unidades) e em seis pratos especiais, entre eles a posta com batatas ao murro (R$ 69) e em pequenos filés empanados com arroz de bacalhau com pimentão (R$ 49). “Além do peixe, vamos ter uma série de carnes com história. Como o bife à Marrare, descrito nos livros do escritor Américo Guerreiro [servido com molho de redução de vinagre de vinho branco, aipo e cravo, R$ 29]; o bife de cebolada, que aparece nos contos de Eça de Queiroz (R$ 34), e o bife Domingos Rodrigues [temperado com mostarda em grão, pimenta e salteado em manteiga e molho de vinho tinto, servido com batata em rodela salteada com cebola e bacon, R$ 36]”, conta Loureiro.
Da Espanha, os destaques são o Carpaccio do Olivença (jamón pata negra com queijo manchego – R$ 24), o queijo Serra da Estrela (R$ 24 cada 100 gramas), a tortilla à espanhola (com batata cozida, cebola, ovos e salsinha – R$ 21), os mexilhões de escabeche (R$ 27) e as famosas batatas bravas (R$ 19). Pratos principais, como o leitão assado com favada ibérica (R$ 54) e a paella de frutos do mar com vôngole, camarões, mariscos, polvo, lula e legumes (R$ 64) também estão no menu.
Para acompanhar, uma carta de vinhos composta apenas por rótulos portugueses e espanhóis, com mais de 200 opções. As clássicas sobremesas dos dois países também estão no cardápio, a partir de R$ 12: pastel de nata, Toucinho do Céu e porção de minichurros com doce de leite.
No salão da casa, dois quadros-negros mostram quais os petiscos mais tradicionais e vinhos em destaque. A cozinha, separada do salão por um balcão, tem sugestões do dia anotadas no vidro.
No salão da casa, dois quadros-negros mostram quais os petiscos mais tradicionais e vinhos em destaque. A cozinha, separada do salão por um balcão, tem sugestões do dia anotadas no vidro.
Com o novo empreendimento, os sócios – que comandam também o Terra Madre e o C La Vie – esperam difundir a cozinha ibérica na cidade e suprir um nicho pouco explorado. “Temos uma relação forte com os dois países. A decisão de abrir o Olivença tem a ver com a nossa afinidade com a enogastronomia ibérica, com o mercado e com a certeza de que o cliente vai gostar”, diz Raphael Zanette, sócio do grupo Vino!.
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