Restaurantes
Conheça o restaurante peruano em Campina Grande do Sul
A 30 quilômetros de Curitiba tem um “pedacito” do Peru onde quem busca a culinária do país andino vai encontrar pratos clássicos como ceviches e tamales (pamonha recheada) e algumas opções fusion (mistura de culinárias internacionais). Numa esquina do centro do município de Campina Grande do Sul, na região metropolitana da capital paranaense, funciona há cinco anos o Quina do Chef. O restaurante é comandado pelo chef Francisco Jede Orejuela, que além de ser filho de peruano, estudou e trabalhou no Peru.
O carro-chefe da casa é o ceviche misto, com camarão, lula e mariscos (R$ 41), marinados em suco de limão e temperado com coentro, milho, batata-doce e cancha (uma variedade andina de milho tostada). Há também a opção só com tilápia (R$ 35).
A sugestão, para quem procura os clássicos peruanos, é pedir o prato chamado “menu degustação”, uma porção reduzida de ceviche de tilápia e duas causas limenhas, uma de frango e outra de atum (R$ 73 para duas pessoas). A causa limenha é feita com um purê mais consistente e levemente cítrico recheado com ovo cozido, abacate, tomate e coberta com molho huancaína, à base de queijo e aji amarelo (pimenta não muito picante). Tem também a causa na versão individual (R$ 27) com recheio à escolha: camarão, frango ou atum.
Um dos pratos que mais chama atenção é o arroz com pato, que, não deixe-se enganar, é bem diferente da versão portuguesa. A receita peruana é feita com finas fatias de magret de pato (o animal é criado de maneira orgânica na fazenda do chef) acompanhadas de arroz cozido no caldo da ave com coentro e pasta de pimenta aji (R$ 47).
“Esse é um prato típico do norte do Peru, região que preserva ainda a essência da comida do país, diferente de Lima onde é muito fusionada”, explica o chef, que fez um curso de especialização na Le Cordon Bleu da capital peruana e trabalhou seis meses em restaurantes do norte do Peru. Ele toca a casa junto com a mãe Gracia Maria Lejedi.
Para contornar a dificuldade de encontrar os ingredientes típicos andinos, mãe e filho passaram a plantar ervas e especiarias como as pimentas ajis e rocoto (esta é recheada com carne e queijo e gratinada no forno) no quintal do restaurante e na fazenda de família, em Campina Grande do Sul.
Outro exemplo de prato tradicional é o tacu-tacu, uma massa de feijão e arroz cozidos com tomate e pimentão. O formato lembra uma batata suíça. O prato é servido num combinado com três versões, uma de frutos do mar e duas com mignon (R$ 46).
Entre as opções fusion tem o ceviche nikkey que leva tilápia, molho de ostra, leite de coco, óleo de gergelim e shoyu (R$ 43). A casa serve também pratos para compartilhar em quatro, seis e oito pessoas com opções mistas a partir de R$ 170.
Para finalizar, entre as opções tem o suspiro limenho, feito com creme de doce de leite caseiro e baunilha, coberto com um merengue e raspa de limão, ou chantili, à escolha do cliente (R$ 20).
O restaurante funciona só no almoço de quarta a domingo. Além do menu à la carte, há também o menu executivo com opções brasileiras, como salmão e mignon, a partir de R$ 25 com direito a uma entrada, um prato principal, um risoto e um acompanhamento. Há também opções do dia sugeridas no quadro negro.
A casa tem capacidade para 65 pessoas, entre o salão interno, que é decorado com objetos e toalhas coloridas em estilo tipicamente peruano, e o deque. É recomendado fazer reserva. À noite, o restaurante pode ser reservado para eventos.
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Serviço
Rua Waldomiro de Souza Hathy, 291, Campina Grande do Sul – (41) 3676-2883. De quarta a sexta das 12 às 14h30; sábado e domingo das 12 às 16 horas. É recomendado fazer reserva.