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Restaurantes

5 bares imperdíveis no Mercado Central de Belo Horizonte

João Renato Faria, de Belo Horizonte, especial para Gazeta do Povo
15/02/2018 22:00
Mercado Central de Belo Horizonte. Foto: Divulgação
Mercado Central de Belo Horizonte. Foto: Divulgação
Um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte, o Mercado Central é destino acertado para quem busca doces, queijos, cachaças, linguiças, pimentas, temperos e artesanato. As bancas, que oferecem os produtos feitos de todas as regiões de Minas Gerais, funcionam como um resumo gastronômico e sensorial do estado. Os bares do centro comercial completam essa missão. Entre garrafas geladíssimas de cervejas e doses de cachaça, eles oferecem tira-gostos caprichados, com ingredientes que são comprados, muitas vezes, nas quitandas e mercearias do próprio Mercado Central. Conheça cinco dos principais botecos que oferecem receitas exclusivas para os visitantes:

Bar Fortaleza

Fígado com jiló do Bar Fortaleza. Foto: Divulgação
Fígado com jiló do Bar Fortaleza. Foto: Divulgação
Dois balcões em um corredor compõem o ambiente simples do local. Esqueça cadeiras e mesas: o charme aqui é justamente beber em pé, de frente para a chapa que prepara os tira-gostos, comandada pelo boa-praça Ronaldão. Não estranhe se o frequentador do lado puxar papo, comentando de futebol à política: o clima é mesmo de amizade. Aproveite o embalo da conversa e peça uma cerveja. Tem maior saída da geladeira a trinca Antartica (R$ 7), Brahma (R$ 7,50) e Skol (R$ 6,50). A porção mais pedida é um dos ícones do Mercado Central, o fígado com jiló acebolado. Por R$ 28, ela serve bem duas pessoas e é acompanhada de um molho de pimenta forte. O preço é o mesmo para as opções em que o fígado dá lugar a pernil, chouriço ou linguiça na companhia do controverso legume.

Bar da Lora

Fígado com jiló do Bar da Lora. Foto: Divulgação
Fígado com jiló do Bar da Lora. Foto: Divulgação
Localizado em uma esquina de corredores, o estabelecimento sempre briga pelo pódio quando entra nas disputas gastronômicas. A moral é tanta que outros donos de botecos da cidade costumam frequentar o balcão para um tira-gosto caprichado e um dedinho de prosa com Eliza Fonseca, a “lora” em questão, que comanda a cozinha do bar. É dela a criação do pura garra da lora (R$ 42,90), campeão do concurso Comida di Buteco em 2010. A receita combina purê de mandioca com queijo, jiló na chapa com linguiça, pimenta biquinho e garrão (músculo da coxa do boi) cozido na cerveja malzbier. Outra invenção é o Não Acredito (R$ 42,90), que leva carne de sol, mandioca na manteiga de garrafa, linguiça, molho de seriguela, melaço, farinha de pequi e requeijão. Garrafas de cerveja, como Antartica (R$ 7), Original (R$ 10 e Serramalte (R$ 10) ajudam a encarar a comilança.
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Bar Mercado Central

Tropeiro com torresmo do Bar Mercado Central. Foto: Divulgação
Tropeiro com torresmo do Bar Mercado Central. Foto: Divulgação
É um dos poucos a oferecerem mesas e cadeiras para os clientes se sentarem. Por isso, é bastante procurado por famílias, que buscam um almoço durante um intervalo do passeio pelos “labirínticos” corredores do Mercado Central. Para espantar o calor, os frequentadores bebericam o chope Brahma (R$ 7,90, 300 mililitros) ou uma Serramalte (R$ 14,90). A cozinha prepara especialidades mineiras como o feijão tropeiro com torresmo (R$ 29,90), um dos mais solicitados aos garçons. Quem prefere petiscar opta pelo pastel de angu (R$ 19,90, 12 unidades), que pode ser recheado de carne, queijo ou bacalhau. Também fazem vista as carnes servidas diretamente em uma chapa fumegante e acompanhadas de batatas fritas, mandioca e muçarela. A mais pedida é a picanha (R$ 74,90 – 400 gramas), mas as outras opções, como linguiça, lombo, contrafilé e frango (R$ 54,90 – 400 gramas), também têm boa saída.

Casa Cheia

Mexidoido chapado da Casa Cheia. Foto: Divulgação
Mexidoido chapado da Casa Cheia. Foto: Divulgação
A fila que se forma na hora do almoço para entrar nesse bar costuma intimidar os visitantes. O tempo de espera, que em dias mais abarrotados pode chegar a uma hora, costuma compensar, já que a cozinha é uma das referências do Mercado Central. Aberta para o salão, ela prepara pratos como o mineirinho valente (R$ 31), que faturou o prêmio de melhor tira-gosto do Comida di Buteco de 2005. Servido em uma panelinha, consiste em uma porção de canjiquinha com queijo, lombo defumado, costela desossada ao vinho, linguiça caseira e espinafre.
Outra receita que tem grande rotação é o mexidoido chapado (R$ 31): mexido feito na chapa, com iscas de alcatra, lombo, linguiça caseira, bacon, legumes no azeite, arroz e ovo de codorna frito. Melhor para quem quer dividir, a carne de sol acompanhada de mandioca na manteiga de garrafa sai a R$ 56, na porção com 400 gramas. Para embalar os pratos, cai bem a cerveja artesanal X Wäls (R$ 17, 600 mililitros) ou uma cachacinha. A dose de Seleta custa R$ 8, mesmo preço da Salinas e da Boazinha. O copinho da famosa Havana, envelhecida dez anos no barril de bálsamo, sai a R$ 68.

Rei do Torresmo

Prato do Rei do Torresmo. Foto: Divulgação
Prato do Rei do Torresmo. Foto: Divulgação
O nome do estabelecimento não deixa dúvidas: aqui, o corte de porco é a estrela do cardápio. Uma corrente separa os frequentadores de quem está circulando no corredor do Mercado em que ele se situa. Não se acanhe e peça aos companheiros de bar um espaço no exíguo balcão para apoiar sua cerveja. As mais pedidas costumam ser Brahma (R$ 8,50) e Skol (R$ 8). Ignore os conselhos do seu cardiologista e peça a porção de torresmo (R$ 18), perfeita para petiscar enquanto o papo rola solto. Já um naco da barriga de porco, do tamanho aproximado de uma mão e chamado apropriadamente de torresmão custa R$ 13.
Serviço: Mercado Central, na Avenida Augusto de Lima, 744, Centro. Funcionamento: 7h às 18h (seg. à sáb.; dom. de 7h às 14h)
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