Restaurantes
Casa de avó vira bistrô contemporâneo na Vicente Machado
Bem perto da “prainha” da Vicente Machado, no Batel, uma porta dá acesso ao pátio do Bistrônauta. O nome remete a um bistrô francês – Les Bistrounautes, em Paris – que o proprietário Sandro Tavares conheceu em uma viagem à França. Ficou com a inspiração na cabeça. Quando viu a oportunidade de abrir uma nova casa (ele também é dono do Jokers Pub), logo lembrou do nome. O imóvel ele já tinha: a casa da avó onde passou boa parte de sua infância. É ali que em março inaugurou o restaurante.
A cozinha é pequena e o cardápio enxuto: foca em proteínas grelhadas, massas e risotos para o almoço e porções para dividir à noite. Mignon e salmão reinam absolutos na carta. Os cortes “não tão nobres”, como costela de porco e bovina, rabo, entre outros, aparecem na sugestão do chef Herlon Gomes Lima de segunda a sexta (de R$ 25 a R$ 32) no almoço. Aos sábados, são duas sugestões, com preços a partir de R$ 40 (entrada, prato principal e sobremesa) e cortes mais nobres, como carré de cordeiro, mignon, picanha e salmão.
Os mais pedidos são risoto de camarão com salmão (R$ 48), risoto com mignon (R$ 45) e o prato do dia elaborado pelo chef, com entrada, prato principal e sobremesa (entre R$ 25 e R$ 32). Há também outras opções de grelhados, como filé de peixe (R$ 27), picanha (R$ 42), peito de frango e bife (R$ 24), que podem vir acompanhados de legumes na manteiga e arroz; de arroz, feijão, fritas e farofa; ou de uma porção de massa ou risoto.
Também é possível pedir apenas os risotos no almoço, em uma porção de 300 g: tomate seco com rúcula, quatro queijos, Piamontese, camarão ou funghi (a partir de R$ 24). O prato de massa pode ser de fettuccine ou penne com molho quatro queijos, pesto, alho e óleo ou funghi (R$ 25).
À noite, as porções que mais saem são mignon diable, com molho de vinho, tomate e pimenta calabresa e o mignon brown sauce, com alho-poró flambado no conhaque. Ambas custam R$ 38 cada e acompanha pão. Nos cachorros-quentes, salsichas artesanais feitas pela Monte Bello (de R$ 10 a R$ 15), com opção vegetariana da Goshen.
A casa pega emprestado duas porções que fazem sucesso no Jokers: o pinhão com bacon (R$ 25) e a Lula Piu-Piu (R$ 38), salteada com alho, tomilho e pimenta dedo-de-moça, servida com pão. Há também as opções do chef Audiberth Silveira, que muda todo mês. Em setembro, são três pratos principais e uma sobremesa: mignon ao molho de cerveja Ale com crispy de bacon (R$ 45); salmão ao molho de uvas brancas e penne na manteiga com castanha de caju (R$ 45); risoto de frutos do mar (R$ 42) e sorvete de cream cheese com calda de goiabada (R$ 18).
Na carta de vinhos, bebidas de Portugal, Espanha, França, Austrália, Chile, Brasil e Argentina (de R$ 65 a R$ 244), com opções do dia em taça (R$ 15, tinto, branco ou espumante). Tem também cerca de 20 rótulos de cerveja artesanal e chopes da Bastard (R$ 8,50, 300 ml ou R$ 12, 500 ml).
Em breve, a casa estreia uma carta de drinks autorais de Rodolfo Souza. Por enquanto, o Bistrônauta serve coqueteis clássicos e um autoral, o Tea Time (R$ 29), para beber quente: Jack Daniel’s, mel, gengibre, limão e água fervente. Para fechar a refeição, a opção é pedir a cafeteira moca com duas ou quatro porções da bebida (R$ 6 e R$ 11, respectivamente) e uma das sobremesas: morangos flambados em vinho do Porto (R$ 25), banana caramelada (R$ 17) ou brownie (R$ 20), todas acompanhadas de sorvete de creme.
Bistrônauta Recebe
Uma vez por mês, o Bistrônauta promove o Bistrônauta Recebe, em que um chef convidado prepara um menu a preço fixo de R$ 49,90 (salvo exceções, como a de setembro, que será por R$ 56), com duas opções de entrada, prato principal e sobremesa. A ideia é que seja um laboratório para o chef experimentar servir pratos diferentes dos da casa. Durante estes eventos, há música ao vivo para harmonizar com a comida: em uma edição cujo tema era comida estadunidense, o som era blues. Quem vai de bicicleta neste dia recebe 5% de desconto.
O ambiente
Cada passo dentro do Bistrônauta revela um clima diferente. O jardim tem um pequeno lago com peixes e uma amoreira sombreando as mesas de quatro lugares, com uma varanda ao fundo – quando tem evento, vira palco para música ao vivo. Dentro da casa está o bar, com um pequeno salão em dois ambientes e vista para a rua.
No segundo andar, um lounge com poltronas e sofás garimpados acomoda quem estiver ali só para um drink e petiscos. No teto, brilha um céu falso quando escurece. No subsolo, próximo à adega, está a galeria de arte, onde ficam as mesas bistrô em meio à exposição do mês. Por toda a casa há graffitis de artistas selecionados pelo Mucha Tinta.
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Serviço
Av. Vicente Machado, 770, Batel – (41) 3045-6131. Abre de segunda a sábado das 12 às 15h. De quinta a sábado das 18h às 23h30. Capacidade para 100 pessoas. Não cobra rolha.