Restaurantes
Carmina Bistrô investe na “cozinha de aconchego”
A volta à infância é tema recorrente na literatura, no cinema, na pintura. E por que na cozinha seria diferente? Resgatar sabores do passado é a proposta de um aconchegante bistrô no Juvevê, o Carmina. No caso, esse passado é o da proprietária Beatrice Takashina, que contou com a ajuda do chef João Soto Bello para criar um menu calcado em suas memórias gastronômicas – de refeições em família ou fatos vividos.
Beatrice tem experiência no ramo: comanda também o tradicional bar Jacobina, que fica ao lado da sua empreitada mais recente. Soto Bello, por sua vez, foi um dos participantes do Prêmio Bom Gourmet na categoria Novos Talentos em 2012.
O bistrô é relativamente recente, tem menos de um ano. Desde a abertura, mantém a base de seu cardápio original. A memória afetiva da restauratrice rendeu boas escolhas, como um combinado de pães de fabricação própria, pastas, queijos e frios servidos em uma cesta de piquenique. “Ela lembra minha infância e os passeios com a família que sempre terminavam com um piquenique. Então trouxe um pouco dessa memória para o Carmina. Pode servir como entrada ou, simplesmente, como uma opção para o cliente sentar, beliscar e colocar o papo em dia com os amigos.”
A cesta tem queijos brie e ementhal, salame, patê de berinjela, escabeche de carne, coalhada seca, manteiga saborizada com baunilha, tomate-cereja confitado e dois tipos de pães. Custa R$ 32 para duas ou R$ 49,80 para quatro pessoas.
No menu, não há uma linha-mestra, país ou vocação pré-definidos. Os pratos são diversos, como em uma típica casa de família brasileira. Há sotaque lusitano, como no bacalhau às natas (R$ 48); italiano, como na polenta com carne de carneiro (R$ 49); americano, como o ovo benedict (R$ 21,90); e nacional, vide a sobremesa taça de sorvete, com calda de chocolate e farofa de paçoca (R$ 12).
Para harmonizar, há opções de vinhos – os rótulos sempre variam. Há também cervejas especiais locais. Nas terças-feiras não há cobrança de rolha (nos demais dias existe uma taxa de R$ 20). Nas quartas, pode-se aproveitar do double drink para descobrir novos coquetéis e bebidas. Uma das sugestões da casa é o Cosmopolitan (à base de vodca e frutas – R$ 15).
Ambiente
Para inspirar as refeições afetivas, a casa criou um ambiente de muito bom gosto: sem ser pomposo, tampouco exageradamente informal. Mesas em madeira, papel com tons de vermelho, lustres feitos de garrafas e taças, e muitas flores dão um toque de charme – e de romantismo, diga-se – ao bistrô. São 70 lugares divididos em dois ambientes: um deles com um deque elevado perto das janelas e um sofazinho de canto; outro com teto de vidro e jardim de inverno.
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Serviço