Restaurantes
Brasil e Peru dominam os 50 Melhores Restaurantes da América Latina
Na lista dos 50 melhores da América Latina, premiação organizada pela Restaurant, ganham os primeiros lugares os que contam histórias que juntam peças que sejam raras ou pioneiras, cuja apresentação encha os olhos (e intrigue) e que trabalhe os ingredientes sazonais da forma mais surpreendente possível. Isto pode ser a carne de um gado criado próximo a Buenos Aires e grelhado em uma parrilla ou uma bactéria encontrada nas montanhas do Peru após tempestade, o cushuro, servida como se fosse caviar.
Quem serve o primeiro é o restaurante Don Julio, na Argentina; o segundo prato é dos chefs Virgilio Martinez e Pía Léon, do restaurante Central, em Lima. Desde a primeira edição do prêmio para a América Latina, os peruanos têm ocupado o primeiro lugar: em 2013 com Astrid y Gastón e desde então com o Central. Em 2013, o país tinha sete restaurantes entre os 50 melhores e chega em 2016 com nove. Neste ano, três estão entre os dez melhores. Consolida o destaque de sua gastronomia e sua fama de “saber trabalhar” sua cultura.
Para o Brasil, a edição de 2016 foi a melhor de todas. São nove restaurantes brasileiros, mesmo número de 2013 e 2014, mas houve um salto qualitativo: D.O.M. (3º), Maní (8º), Olympe (17º), Lasai (18º), o estreante A Casa do Porco (24º) e Roberta Sudbrack (25º) estão entre os 25 melhores. Mocotó (28º), Remanso do Bosque (44º) e Tuju (45º) completam a lista de melhores brasileiros.
O México, além de nove restaurantes na lista, recebeu três prêmios individuais: a Arte da Hospitalidade foi para o Pujol, a escolha dos chefs indicados foi para o Pangea, comandado por Guillermo Beristáin (19º) e o restaurante “para ficar de olho” foi para Alcade, comandado por Paco Ruano. É inegável o crescimento do México no ranking mundial: Biko (10º em 2016 na América Latina) era o único representante do país em 2010, em 46º lugar. De lá pra cá, somou-se a ele o Pujol e o Quintonil, também presentes na lista do continente em quinto e sexto lugar, respectivamente.
Apesar de quase inexistente na lista dos 50 melhores mundiais, a Argentina marca presença forte desde a primeira edição do prêmio para o continente latino, com 15 restaurantes na lista em 2013, 12 em 2014, 10 em 2015 e 9 em 2016.
Neste ano, Don Julio, restaurante que estreou em 2015 em 45º lugar, foi para o 21º, o maior salto de 2016. Em contraste, o Tegui, do chef German Martitegui, destaca-se pela cozinha argentina contemporânea, o que explica sua presença sempre entre os dez primeiros do ranking latino. O restaurante 1884 de Francis Mallmann foi o único dos ‘hermanos’ a figurar na lista mundial em 2002 e 2003 em sétimo e 45º lugar, respectivamente. Depois sumiu.