Restaurantes
Beto Batata Barigui anuncia planos para 2015
A grande repercussão do anúncio do fechamento, no ano que vem, da Aldeia do Beto causou certa confusão a respeito do presente e do futuro do restaurante Beto Batata, no ParkShoppingBarigüi. Os irmãos Lourenço e Leonardo Munhoz da Rocha Guimarães, sócios da casa, avisam que, ao contrário do estabelecimento no Alto da XV, o espaço em funcionamento no centro de compras há onze anos segue na ativa e com projetos para 2015.
“Não só não vamos fechar, como programamos novos investimentos para o ano que vem. Neste tempo em que a casa está aberta conquistamos o respeito e a fidelidade de um grande número de clientes e vamos seguir trabalhando para manter nosso padrão de qualidade”, avisa Lourenço. “Muita gente nos procurou, até a gerente do meu banco me ligou assustada. Tive que explicar que nós seguimos firmes e fortes”, brinca Leonardo.
A confusão entre os espaços, não é de hoje, e talvez, nunca tenha sido muito bem explicada para quem não é do círculo mais próximo dos personagens envolvidos. A história começa no final do ano 1999, quando quatro sócios fundaram a Beto Batata LTDA: o restaurateur Robert Amorim (o Beto Batata), que abrira a loja do Alto da XV alguns meses antes, os irmãos Lourenço e Leonardo Guimarães e o fotógrafo Gilson Camargo.
Diante do sucesso inicial do restaurante e espaço cultural, a ideia do quarteto era expandir o negócio, inclusive com a possível criação de uma franquia nacional da marca. Os novos sócios fizeram um aporte no capital inicial da empresa e uma central de delivery e de produção dos recheios foi criada na Rua Schiller, no Hugo Lange. Logo surgiu a oportunidade de abrir uma segunda loja no recém-aberto ParkShoppingBarigüi.
A partir da abertura desta loja, a sociedade começou a se desfazer por algumas “divergências no projeto”. Os irmãos Guimarães ficaram então responsáveis pela loja recém-criada e Beto, pela do Alto da XV. Anos depois, os Guimarães compraram a parte de Amorim e em 2011 um acordo judicial foi assinado pelas partes definindo que o direito ao uso da marca “Beto Batata” pertencia à loja do Barigui. O restaurante do Alto da XV passou então a se chamar “Aldeia do Beto”.
“Há versões enganosas que correm à boca miúda na cidade, de que teríamos de alguma forma tirado vantagem indevida de Robert na sociedade que tivemos, mas como isso não é verdade nunca demos bola”, explica Leonardo. “A nossa sociedade não deu certo, como ocorre em diversas empresas. Eu, no entanto, reconheço o grande mérito do Robert como produtor cultural, um grande talento que ele tem”, observa Leonardo, que atualmente deixou a atuação direta no restaurante para se dedicar a uma empresa de geração de bioenergia.
“Para nós o mais importante é que fique bem claro que nós somos fundadores da marca e da ideia, tanto quanto os demais sócios. Eu me formei em Psicologia, mas continuei trabalhando no restaurante que ajudei a criar. É a minha história de vida e por ela eu tenho grande apego e respeito”, conta Lourenço. “Aqui fizemos também mais de um milhão de batatas, investimos muito em cultura e em atender bem os nossos clientes e vamos continuar fazendo”, assegura.
O Beto Batata serve no almoço, durante a semana, pratos executivos com massa caseira. Aos sábados, oferece barreado e, aos domingos, feijoada completa. Entre as batatas, destaque para a “Beco”, uma receita criada por Roberto Guimarães (pai dos irmãos Lourenço e Leonardo) que leva carne seca desfiada, cebola, tomate seco, mussarela de búfala e um toque de erva-doce.
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Serviço
Beto Batata. No Park Shopping Barigui (R. Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, Ecoville) — (41) 3317-6969. Abre todos os dias: 11 às 23 horas.