Restaurantes
Ou vende ou fecha: o futuro é incerto para tradicional cantina de Curitiba
Giovanni Muffone, proprietário da Cantina Baviera, que funciona desde 1972 em um porão de um casarão no Centro de Curitiba, colocou o restaurante à venda. Aos 80 anos, o proprietário de um dos estabelecimentos mais icônicos da cidade diz estar cansado de tocar o negócio. Por isso, se não aparecerem interessados no negócio, vai fechar as portas. “Eu tenho no máximo mais uns 10 anos de vida e o Baviera já tem 45 anos. Chega uma hora que você cansa”, diz.
Assim como a reportagem do Bom Gourmet recebeu com espanto a informação de que seu Giovanni estava querendo fechar o restaurante, muitos curitibanos também vão lamentar. “Eu quero vender e não fechar, porque dá pena, mas é evidente que se depois de um tempo não aparecer ninguém, vou ter que fechar. Seria uma pena até mesmo para a cidade”, diz.
Também pudera, o Baviera tem tradição em Curitiba. Em um ambiente com pouca iluminação, o restaurante de ares medievais mantém praticamente o mesmo cardápio desde o ano de inauguração. A soupe à l’oignon (R$ 40), sopa de cebola gratinada com queijo parmesão argentino, leva centenas de clientes fieis às mesas do Baviera nos meses do inverno curitibano.
Outro favorito é o calzone em dois sabores: escarola com ricota, muçarela e presunto; e ricota com muçarela e presunto. Ambos custam R$ 86 (para duas pessoas) e R$ 98 (para quatro pessoas).
Seu Giovanni diz que não estipulou um prazo para a venda acontecer. Até agora, não há nenhum interessado formal no negócio, apenas foi feito o contato com um corretor imobiliário.
O imóvel onde o restaurante fica é alugado, por isso, o que está à venda é o negócio, que fatura cerca de R$ 1 milhão ao ano. A ideia do proprietário é vender o Baviera com tudo o que tem dentro, de portas fechadas, estoque completo, etc. Seu Giovanni não revela quanto quer pelo restaurante.
As duas herdeiras, filhas do proprietário, não têm interesse em assumir a administração do Baviera. “Uma se formou médica agora e outra tem um consultório de nutrição. Nenhuma das duas tem intenção de cuidar de uma bodega”, afirma.
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