Restaurantes
Banquete árabe é destaque em restaurante no Batel
“Yallah, yallah!”, “vamos, vamos!” é o convite que as proprietárias Yasmin Zippin Nasser e Cláudia Ribeiro fazem aos clientes que entram no Nayme, restaurante árabe que abriu em junho no Batel, em Curitiba. O cardápio conta com pratos tradicionais da culinária sírio-libanesa, como esfihas e kibes, e opções pouco conhecidas.
Como é o caso do burj, palavra árabe que significa “torre”. O prato, claro, é literalmente uma torre de kibe cru: a carne é disposta em camadas intercaladas com tabule, carne moída refogada com nozes, castanhas, amêndoas e cebolas crocantes (R$ 36 para duas pessoas). Tem também a porção individual (R$ 22).
E caso você não saiba, os árabes têm sua própria versão de massa. O Chich Barak parece ter saído do cardápio de um restaurante italiano: a massinha, em formato de cappelletti, é feita de trigo e ovo e leva carneiro e nozes no recheio. Ela é cozida na coalhada (R$ 35), criando um molho cremoso que envolve a massa.
O cardápio é extenso e conta com esfihas abertas e fechadas de tamanho grande (R$ 9 a R$ 12), cinco opções de sanduíche e shawarma (R$ 22 a R$ 28), e pastas como coalhada seca (R$ 11), tarator (molho à base de gergelim, R$ 11) e chanclich fresco, conserva de coalhada no azeite de oliva com pimenta calabresa ou zattar puro (R$ 12). Os pães caseiros assados na hora na pedra são o acompanhamento perfeito (R$ 9, grande).
O carro-chefe é o banquete árabe, nove pratos servidos em duas etapas: entradas frias e pratos principais quentes. Começa com o trio de pastas (homus, baganoush e coalhada) e continua com 100 g de kibe cru, um mini burj, duas kaftas grelhadas (carne e carneiro), arroz com lentinha e cebolas crocantes e seis charutos enrolados com folha de parreira, couve e repolho: no recheio vai carne e arroz e acompanha molho de tomate. Custa R$ 98 e serve duas pessoas.
A casa está instalada num belo casarão do século passado onde funcionou até março deste ano o Armazém Romanus. A cozinha é comandada por Yasmin Zippin Nasser, advogada que largou a profissão e vestiu o avental. Um ano atrás abriu um pequeno empório no Água Verde que logo se transformou num bistrô. O sucesso imediato a motivou a procurar um espaço maior, que foi encontrado no novo endereço. “As receitas são as que aprendi com minha avó Nayme [daí o nome do restaurante], filha de imigrantes libaneses e cozinheira de mão cheia”, explica. A empresária Cláudia Ribeiro é sócia do empreendimento.
O salão é decorado com móveis antigos de madeira maciça e objetos que pertenciam a Nayme, fazendo com que o ambiente ganhe um ar de casa de avó. A capacidade é para 70 pessoas e tem uma sala para eventos para 30 pessoas. O deque é ideal para o happy hour.
Para finalizar há duas opções de sobremesa: a clássica ataif, panqueca cuja massa lembra um crepe, recheio de nozes e castanha e nata fresca por cima (R$ 18) e baklawa, doce parecido com um mil folhas adoçado com xarope de laranjeira e rosas (R$ 14).
Na carta de bebida há cerca de 20 vinhos a partir de R$ 35 (a taça sai por R$ 18) e a 961, uma cerveja pouco conhecida importada do Líbano (961 é o DDI daquele país) disponível em cinco versões, da lager a witbier (R$ 19). A limonada caseira leva água de rosa e xarope de romã (R$ 32 a jarra).
O almoço conta com menu executivo. São duas opções de sequência: mini burj, trio de pastas e pão árabe (R$ 35); e kafta de carne, fatouche (salada de pepino, rabanete e mix de folhas) e aletria, um arroz com macarrão cabelo de anjo (R$ 25).
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Serviço
Avenida Vicente Machado 1482, Batel – (41) 3308-1882. De segunda a sábado das 11h30 às 15h30 e das 18h30 às 23h30; domingo das 12 às 17 horas.