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Restaurantes

50 melhores restaurantes do mundo: França no topo, EUA distante e estreia brasileira

Marina Mori
26/06/2019 17:09
O The World’s 50 Best, considerado um dos prêmios mais relevantes da gastronomia, elegeu os 50 melhores restaurantes do mundo de 2019 nesta terça (25), em Cingapura. Três continentes dominam os 10 primeiros lugares da lista: Europa, Ásia e América Latina. No topo do ranking, o restaurante francês Mirazur, na região francesa da Provence.
Para o Brasil, a edição de 2019 foi histórica. Pela primeira vez desde que a lista divulgada pela revista britânica Restaurant foi criada, em 2002, um segundo restaurante brasileiro figura entre os 50 melhores do mundo. O paulistano A Casa do Porco, de Jefferson Rueda, estreou na 39ª posição – antes, apenas o D.O.M, de Alex Atala, esteve entre os 50 primeiros do ranking. Veja, abaixo, alguns destaques do prêmio.
Foto: Reprodução Instagram / The World's 50 Best
Foto: Reprodução Instagram / The World's 50 Best

Saída de consagrados, mais espaço para novidade

A exclusão dos sete nomes consagrados da alta cozinha ajudou a refrescar um pouco a competição deste ano. Mesmo assim, apesar da saída dos sempre premiados, como os bicampeões Osteria Francescana, do italiano Massimo Bottura, e o El Celler de Can Rocca, poucos nomes diferentes chegaram mais perto do topo.
O francês Mirazur, em terceiro lugar no ano passado e presente na lista da Restaurant desde 2009 (estreou em 35º lugar), agora lidera o ranking nesta edição. O restaurante foi aberto em 2006 pelo chef argentino Marco Colagreco, que trabalhou ao lado dos icônicos Alain Ducasse e Alain Passard, e exibe uma cozinha fresca inspirada na Riviera Francesa.
Na terceira posição em 2018, o restaurante francês Mirazur chega ao topo da lista dos 50 melhores do mundo sob o comando do chef Mauro Colagreco. Fotos: Reprodução / Instagram
Na terceira posição em 2018, o restaurante francês Mirazur chega ao topo da lista dos 50 melhores do mundo sob o comando do chef Mauro Colagreco. Fotos: Reprodução / Instagram
Em segundo lugar, o icônico dinamarquês Noma, sob o comando do chef René Redzepi. O restaurante fechou as portas em 2017 depois de conquistar nada menos do que o título de melhor restaurante do mundo por quatro anos (2010, 2011, 2012 e 2014) e, em fevereiro de 2018, inaugurou um novo espaço em um endereço diferente. Por conta desta mudança, o The World’s 50 Best permitiu que Redzepi participasse da competição, mesmo com o extinto Noma presente na lista dos hors-concours, Best of The Best.
Enquanto o Central (do Peru — o mais bem colocado da América do Sul) e o Arpège (França) mantiveram a mesma posição, em 6º e 8º, respectivamente, o peruano Maido foi o único entre os 10 primeiros que perdeu colocação: passou do 7º para o 10º lugar.
Gaggan, o melhor restaurante da Ásia por quatro anos consecutivos (2014-2018), passou do 5º para o 4º lugar. Qualquer viagem próxima à Tailândia vale uma visita urgente: recentemente, o chef Gaggan Anand anunciou que fechará a casa em 2020 para se dedicar a outro projeto no Japão.

Avanços e perdas

O Geranium (Dinamarca) e o Disfrutar (Espanha) foram os restaurantes que mais subiram posições entre os primeiros da lista. No ano passado, estavam em 19º e 18º e nesta edição chegaram ao 5º e 9º lugar, respectivamente.
Por outro lado, a saída do Eleven Madison Park da competição (para a lista do Best of The Best) representou uma queda brusca para os EUA. Na edição passada, o país apareceu em 2º e em 12º, com o Eleven e o Blue Hill at Stone Barns.
Desta vez, o primeiro restaurante norte-americano a aparecer na lista foi o Cosme (Nova York), em 20º lugar (esteve em 25º no ano anterior). O espaço é comandado pela chef Daniela Soto-Innes, que neste ano recebeu o prêmio de Melhor Chef Mulher. O Blue Hill, de Dan Barber (Melhor Chef 2018), caiu 16 posições: neste ano, está em 28º.

Saída do D.O.M, ascensão d’A Casa do Porco

Em um momento histórico desde que o prêmio foi criado, em 2002, o Brasil emplacou seu segundo restaurante na lista dos 50 melhores do mundo. Antes da Casa do Porco, apenas o do D.O.M, de Alex Atala (São Paulo), havia chegado ao ranking. Em 2006, estreou na 50ª posição e em 2012 chegou ao 4º lugar; a partir de 2013, porém, passou a cair na lista. Agora figura em 54º — na lista dos 100 melhores do mundo.
Apesar de o restaurante de Atala ter caído para a segunda parte do ranking, a ascensão da Casa do Porco foi uma boa surpresa para a cena gastronômica do país: do ano passado para cá, o estabelecimento de Jefferson Rueda subiu da 79ª posição para a 39ª.
Apesar de tudo, o Brasil continua com baixa representatividade na lista da Restaurant. Assim como em 2018, este ano são quatro restaurantes brasileiros na lista dos 100 melhores: o estreante carioca Oteque (100º), o Lasai (74º), também do Rio de Janeiro, e os paulistas Maní (73º), e D.O.M. (54º), que perderam 14 e 24 posições no ranking, respectivamente.

Representatividade

Os países com maior número de restaurantes premiados continuam os mesmos do ano passado: Espanha (7), Estados Unidos (6) e França (5).
China, Dinamarca, Japão, Peru, Rússia, Reino Unido e Tailândia têm dois restaurantes na lista cada, e os países África do Sul, Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Cingapura, Chile, Colômbia, Dinamarca, Eslovênia, Noruega, Suíça e Portugal têm um cada um. Austrália e Turquia saíram do ranking em 2019.
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