Bom Gourmet
Aprenda a preparar magret de pato com purê de batata-salsa
Uma das razões que me levou a cozinhar, décadas atrás, foi o desejo de poder comer pratos cujos preços em restaurantes estariam fora de meu alcance orçamentário. Lagosta, por exemplo. Fiz as contas e vi que, se fizesse em casa, poderia tê-la por um terço do valor.
Deu certo, após alguns erros iniciais. E eu era um dos poucos iniciantes na vida profissional, com dinheiro curto, que de vez em quando tinha o prazer de comer lagosta. Feita em casa e, com o passar do tempo, tão saborosa quanto lá fora.
Aplica-se a mesma relação ao magret, uma iguaria francesa que é servida em restaurantes em torno de R$ 70 a R$ 90 o prato. Com cerca de 180g de carne. Não que não valha o preço, pois a conta do restaurante não se limita apenas aos insumos, mas também a tudo o que compõe o funcionamento da casa. Fazendo em casa é possível obter um preço final de um terço disso por pessoa. Na boa, sem forçar nada. E com uma grande vantagem: é muito fácil de fazer.

O magret é o peito do pato, e no mercado há duas ofertas, ambos produzidos pela catarinense Villa Germania: o magret propriamente dito, que é do pato da raça Mulard, criação híbrida entre pato-marreco e pato-mudo, e o peito do pato comum, o pato ou marreco de Pequim.
As diferenças entre os dois estão no tamanho e no preço. O magret pesa em torno de 500g, enquanto o peito comum uns 250g. Comprei uma caixa com dois magrets no Açougue Pé de Boi, no Mercado Municipal de Curitiba, a R$ 131,90 o kg — enquanto o comum fica a R$ 59,90 o kg e vem em embalagem de um quilo, com quatro peças.
Fazendo as contas, por alto, para esta receita aqui proposta, dá para se imaginar um custo final em torno de R$ 30 por pessoa, porque tanto a batata-salsa quanto a mimosa, em plena temporada, são bem baratas. Se fizer com o peito de Pequim sai por menos ainda, embora o sabor do outro seja mais completo.
Daí foi só preparar o prato, que, como dá para observar na receita, não tem nenhum segredo. Embora haja combinações com molhos cremosos ou apimentados, o clássico é acompanhar com molho agridoce, que a carne de pato se propõe a isso.
Bom apetite!
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