A ceia de Natal de 2025 promete pesar mais no bolso, mas isso não significa mesa vazia: com algumas trocas estratégicas, é possível manter o clima festivo e gastar bem menos. 

Um estudo da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), com base no IPC (Índice de Preços ao Consumidor), calcula que os principais itens da ceia tiveram alta média de 4,53% em 2025, levando também em consideração o valor da cesta natalina para cerca de R$ 453, contra pouco mais de R$ 433 em 2024. Já a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) estima que os preços de proteínas como peru e chester devem subir, em média, 5,8% em 2025.

Nesse cenário, trocar alguns protagonistas do cardápio da ceia de Natal por versões mais simples, mas bem preparadas, vira estratégia decisiva para não estourar o orçamento.

O peru segue sendo uma das proteínas mais caras da mesa, mesmo com alta menor que a de outros itens. Uma saída é trocar o tradicional peru por um frango inteiro assado com ervas, limão e manteiga, que custa menos por quilo e rende bem para a família.​

Caprichar na marinada (alho, limão, ervas frescas, páprica) e servir com farofa e salada coloca o frango no centro da mesa sem sensação de “ceia de segunda classe”. Em muitos mercados, o frango chega a custar menos da metade do preço das aves festivas congeladas por quilo.​

Segundo o levantamento, o bacalhau é o item que mais encareceu entre os 13 produtos típicos analisados na cesta da ceia de Natal, à frente de lombo suíno (cerca de 18% de alta) e aves festivas como chester e fiesta (aproximadamente 16,9%). Para manter um prato “à base de peixe” na mesa, a alternativa é recorrer a peixes nacionais, como tilápia, merluza ou pescada, bem mais em conta.​

Assados com batata, cebola, pimentão, azeite e ovos, esses peixes lembram visualmente e em sabor o clássico bacalhau ao forno, mas com um custo muito menor. Filés congelados de peixe nacional costumam ter preço significativamente inferior ao do bacalhau importado, especialmente na reta final do ano.​

O tender pronto, queridinho das gôndolas, dispara de preço na temporada natalina. O lombo suíno, por outro lado, continua sendo uma das proteínas com melhor custo-benefício para grandes famílias, mesmo com a alta em 2025.​

Assado lentamente com molho de laranja, abacaxi ou geleia agridoce, o lombo entrega a mesma “cara de festa” do tender, fatiando bonito na travessa. Além disso, rende muitos pratos no dia seguinte, como sanduíches e refogados, o que dilui ainda mais o custo por refeição.​

Castanhas importadas, nozes e amêndoas estão entre os itens que mais pressionam o orçamento quando entram em farofas, sobremesas e tábua de frios. Uma solução é substituí-las por amendoim torrado sem pele, que oferece crocância e sabor por uma fração do preço.​

No lugar de frutas secas importadas, como damasco e nozes-pecã, entram bem versões nacionais e mais baratas, como uva-passa, banana-passa, manga seca e frutas frescas da estação (manga, abacaxi, melancia). O resultado é uma mesa colorida e tropical.

Receitas com muitos embutidos, queijos e frios encarecem a ceia sem necessariamente alimentar mais gente. Uma alternativa é apostar em saladas fartas de legumes da estação, como cenoura, beterraba, batata, milho, ervilha, tomate e folhas verdes, que estão mais em conta em 2025 em comparação a outros itens.​

Saladas de grãos, como arroz com lentilha ou tabule de trigo, também ajudam a “esticar” a ceia, alimentando bem e gastando pouco. Com um bom molho à base de limão, azeite e ervas, esses pratos ganham cara de festa sem pesar tanto na conta.