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Salgado sem glúten e lactose é o novo pastel da feira do Largo da Ordem
A Feira do Largo da Ordem é sinônimo de pastel. Mas nos últimos anos, a demanda que se viu em grandes restaurantes como o preparo de pratos sem glúten ou lactose, além de doces mais elaborados, também chegou ao tradicional ponto de domingo em Curitiba.
E foi ouvindo o público que passava pela feira do Largo da Ordem, no Centro Histórico de Curitiba, que Gabriel Gerum teve a ideia, junto com a mãe e dois amigos da família, de montar uma barraca com salgados veganos, vegetarianos, sem glúten e sem lactose. Acostumado ao ritmo da feira do Largo da Ordem, Gabriel ajudava na montagem das barracas dos outros comerciantes e viu a oportunidade de negócio para criar a Cia Aipim. O nome, inclusive, denuncia de que é feita a massa dos bolinhos e salgados encontrados por lá. Neste domingo (8), a primeira feira de 2017, foi a terceira participação dele no Largo da Ordem.
A iniciativa é nova na feira do Largo da Ordem, que conta com muitas barracas de pastel e caldo de cana, mas poucas opções para quem tem restrições alimentares, como os celíacos, que não podem consumir alimentos com farinha com glúten e os intolerantes à lactose.

“A base do bolinho é totalmente de aipim. Não usamos nenhuma farinha para dar ponto na massa. Os recheios mudam para atender todos os públicos. Temos carne, frango, carne seca, bacalhau, camarão, alho-poró e palmito. O bolinho é, por enquanto, só frito, mas temos o escondidinho de carne seca, camarão e bacalhau, feito também com massa de aipim, que é esquentado no micro-ondas. A ideia é que, mais para frente também possamos oferecer os salgados assados”, explica Gerum. Para acompanhar as iguarias, o espaço oferece molho vinagrete, pimenta e tártaro.
Todos os bolinhos são preparados no sábado para serem consumidos no domingo. A fritura é feita na hora. “Não congelamos porque o sabor do produto congelado muda”, explica o proprietário.

Os valores dos bolinhos, do tamanho de uma coxinha grande, variam conforme o recheio. Os de alho-poró e palmito custam R$ 7. Os bolinhos de camarão e bacalhau custam R$ 9, os de frango e carne R$ 6, e o de carne seca custa R$ 8. Os escondidinhos, seja qual for o sabor, custam R$ 12, e servem uma pessoa. Para encontrá-los, a barraca da Cia Aipim está localizada na rua Kellers, quase esquina com a Martim Afonso. Por enquanto, eles estão só na feirinha do Largo da Ordem, mas logo estarão em outras feiras da cidade, ao longo da semana.

O México (também) é aqui!
A receita das tortillas que dão forma aos tacos e burritos da barraca Imix, participante do Largo da Ordem há 30 anos, nunca mudou. “É isso que dá a configuração da comida mexicana“, explica Elena Margarita de la Caridad Alfiero Gallegos, mexicana de alma brasileira proprietária do espaço. Se por um lado a massa permanece a mesma, Elena não tem qualquer apego ao recheio, que já mudou diversas vezes para atender às demandas do gosto do curitibano.
“Opções vegetarianas sempre tiveram, porque eu fui vegetariana. Depois fui incluindo a carne, introduzindo o frango. Cheguei a fazer até porco e camarão, mas vi que era muita coisa e tirei. Deixei apenas a preferência nacional: carne vermelha”, diz Elena. Nos últimos anos, a mexicana decidiu adaptar novamente a receita dos recheios, incluindo uma opção vegana aos pratos.

Tanto os tacos quanto os burritos, na versão vegana, apresentam a proteína de soja temperada, beringela ao alho, feijão com pimenta, salada, molho mexicano e guacamole. A versão do taco também é adaptada aos celíacos, pois a massa da tortilla é feita de “milho, água e sal. Só”. No caso do burrito, a massa é de trigo.
“Somos os únicos a oferecer tacos na feirinha. Ofereço também, a quem quiser, molho de pimenta jalapeño, que vem lá do México mesmo. O pessoal adora, principalmente se forem mexicanos. Aí eu passo até vergonha porque não sobra para mais ninguém”, conta aos risos.

Os tacos e burritos custam, seja qual for o sabor, R$ 15. Os nachos – única opção frita do cardápio – variam de R$ 15 a R$ 25. O Imix está localizado na Rua do Rosário, próximo ao chafariz Cavalo Babão. Além da feirinha do Largo da Ordem, a cozinha mexicana está presente também na feira do Bacacheri às quartas-feiras; na praça da Ucrânia às sextas e na feirinha do Batel aos sábados.

Para não faltar o doce!
Os bolos da barraca do confeiteiro Yooko Nagabe Dolis também fazem sucesso na feira dominical. A receita, que ela ganhou de presente da sogra, usa também para fazer tortas e cupcakes. “Eu costumava fazer para amigos e eles nos incentivaram a vender e viemos para a feirinha”, conta Yooko, bancária que trabalha todos os domingos ao lado do marido Luiz Henrique Dolis, aposentado no Cupcake da Feirinha. Embora falecida, a memória da sogra Edeth Giati Dolis continua presente em cada cupcake, que ganhou recheios e coberturas diferentes, conforme a demanda popular.

Os mais populares, segundo Yooko, são os recheios de red velvet, ganache de chocolate, brigadeiro gourmet, brigadeiro branco cremoso e doce de leite, feito a partir do leite condensado cozido, para os cupcakes. “Antes fazíamos um sabor novo por semana, íamos mudando muito. Mas como somos só nós dois, não damos conta de muitos sabores e o que sai mesmo são esses. Eles são saborosos porque usamos só chocolates nobres”, explica.
Para os bolos e tortas, o carro chefe é o de banana com doce de leite. “Essa receita é a mesma que eu comia quando era criança. Cresci comendo esse bolo. Tem mais de 60 anos a receita”, completa Luiz Henrique.

Os cupcakes recebem recheios e coberturas, enquanto os bolos têm apenas cobertura. Os valores variam conforme o tamanho. Cupcakes maiores custam R$ 8, enquanto os menores custam R$ 5,50. As tortas e bolos também têm dois tamanhos. A maior, que dá para duas pessoas, custa R$ 18, e a menor custa R$ 14. O trailer do Cupcake da Feirinha está localizado na Rua Kellers, entre as ruas Júlia da Costa e Martim Afonso, e ele participa da feira do Largo da Ordem aos domingos e, nas sextas, na feira do Capão Raso.

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