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Site da Prosteste indica os bons azeites, por qualidade e preço, mas também diz o que não comprar
Escolher o azeite de oliva ideal está mais fácil com uma ferramenta no site da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) que compara e indica os que devem ou não ser comprados. A entidade, que faz uma avaliação anual dos óleos disponíveis no mercado, comparou neste ano 69 opções entre marcas nacionais e importadas.
Os azeites mostrados na ferramenta são classificados com notas de 0 a 100 pontos levando em consideração critérios adotados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelo Conselho Oleícola Internacional (COI). Entre eles estão a análise dos rótulos – se apresentam todas as informações exigidas pela legislação brasileira –, a quantidade de ácidos graxos que indicam a acidez e o estado de conservação do azeite, e a análise sensorial com três profissionais treinados para avaliar as características de cada produto.
No site da associação tem todas as classificações.
>> Leia também: Saiba como escolher um bom azeite de oliva
De acordo com a coordenadora da área de alimentação e saúde da Proteste, Pryscilla Casagrande, nenhum dos azeites alcançou a pontuação máxima de avaliação, mas isso não quer dizer que eles sejam de baixa qualidade.
“Fizemos um binômio de qualidade-preço, levando em consideração aqueles de valores mais acessíveis. O Prosperato, por exemplo, é um azeite nacional que foi apontado como o melhor na avaliação geral, mas não a escolha certa. Ele tem um preço mais elevado, em torno de R$ 49, enquanto os outros também muito bons custam na faixa de R$ 13 a R$ 14”, completa a coordenadora da área de alimentação e saúde da Proteste.
Veja quais são os azeites de oliva mais bem classificados de acordo com a Proteste. No site da associação tem todas as classificações, com a possibilidade de filtros de marca e preços.
1- Prosperato Premium Azeite de Oliva Extravirgem

Nota 96, excelente qualidade. Apontado como ‘o melhor do teste’.
Preço de referência: R$ 49,90
Origem: Brasil
Preço de referência: R$ 49,90
Origem: Brasil
2- Menoyo Azeite de Oliva Extravirgem

Nota: 92, excelente qualidade. Apontado como ‘a escolha certa’.
Preço de referência: R$ 14,57
Origem: Argentina
Preço de referência: R$ 14,57
Origem: Argentina
3- Tradição Brasileira Azeite de Oliva Extravirgem

Nota: 90, excelente qualidade. Apontado como ‘a escolha certa’.
Preço de referência: R$ 13,05
Origem: Portugal
Preço de referência: R$ 13,05
Origem: Portugal
4- Santa Maria Azeite de Oliva Extravirgem

Nota: 84, excelente qualidade. Apontado como ‘o melhor do teste’.
Preço de referência: R$ 13,38
Origem: Portugal
Preço de referência: R$ 13,38
Origem: Portugal
Não compre
Por outro lado, as fabricantes dos azeites com menos de 30 pontos na avaliação foram notificadas por conta das irregularidades encontradas. Os relatórios da entidade apontam falhas na composição e nos rótulos dos óleos.
“As análises físicas e químicas mostraram que os azeites de sete marcas tinham a presença de outros óleos vegetais [de soja] e eram vendidos como sendo extravirgens, o que é proibido pela legislação. O consumidor está sendo prejudicado ao comprar um produto que não é exatamente aquele oferecido”, analisa Pryscilla Casagrande. Os azeites extravirgens podem ter apenas óleo de azeitonas em sua composição.
A Proteste pediu na Justiça a retirada imediata dos produtos analisados das marcas Porto Valencia, Barcelona, Borgel, Faisão Real, Casalberto, Do Chefe e Olivenza. Até o momento, apenas as quatro primeiras tiveram decisões favoráveis à entidade.
Ano a ano

A Proteste realiza os testes uma vez por ano e classifica as marcas de acordo com uma série de fatores. O próximo será em 2019.
“Ou seja, eu posso ter no ano que vem outros azeites que não sejam os apontados como melhores de 2018. Tudo depende do lote disponível no mercado, da qualidade das azeitonas na safra colhida, da produção do azeite, armazenamento, entre outros motivos”, finaliza Pryscilla Casagrande.
Além de compartilhar os dados da avaliação no comparador de azeites, a entidade também repassa os relatórios ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ajudar na fiscalização. Em janeiro deste ano, uma operação retirou do mercado mais de 700 mil litros de óleos de 47 marcas por conta de irregularidades.