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O panetone salato é produzida com a mesma massa do panetone doce e sem recheio.

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Panetone salgado: conheça a origem dessa versão polêmica e aprenda a fazer

Por Maria Augusta Bolzan, especial para o Bom Gourmet
17/12/2021 10:15
Seja o tradicional, de frutas cristalizadas, ou a versão com chocolate, é inquestionável que o panetone é uma das principais iguarias do período natalino. Mas já pensou em experimentar um panetone salgado?
Sem dúvida, muita gente aqui no Brasil torce o nariz ao pensar nessa possibilidade. “O paladar brasileiro não está acostumado com essa versão. Além disso, não temos muito o hábito de consumir comidas mais agridoces, como é o caso do panetone salgado”, explica Ricardo Zilz, chef boulanger e proprietário da Brød Bakery Curitiba e da Santo Pane Boulangerie .
Na Itália, no entanto, país de origem deste pão que é popular em diversos lugares do mundo, há duas versões de panetones salgados, segundo o chef boulanger Fabiano Marcolini, da Marcolini Pane Pasta Dolci: o panetone salato e o panetone gastronômico.
A primeira é produzida com a mesma massa do panetone doce e sem recheio, apenas com queijo Grana Padano ou parmesão por cima. Essa versão também permite variações, com recheios diversos, como legumes, azeitonas, linguiça calabresa, entre outros. Já o panetone gastronômico é, depois de assado e resfriado, cortado em camadas, como um bolo, e recheado. “É possível rechear com creme de mascarpone, por exemplo, ou outros ingredientes.
Na Itália, essa versão é muito consumida como um antepasto, antecedendo a ceia”, explica Marcolini. O chef não produz essa versão para venda, mas produz o panetone salato mais adaptado ao paladar brasileiro e, portanto, levemente mais salgado e recheado com três tipos de recheios: tomate seco com ervas, calabresa com erva-doce e parmesão com azeitonas.
O chef Ricardo Zilz explica que a base do salato é a mesma da versão doce e que não é possível adicionar sal ao preparo. “O sal mata o fermento e o panetone não cresce. Por isso, para torná-lo salgado, utilizamos o queijo e outros recheios, que devem ser adicionados apenas no final, para não prejudicar a massa”, finaliza. E o processo de produção, tanto da versão doce quanto da salgada, também é bastante trabalhoso. “O doce demora cerca de três dias para ir ao forno. Já o salato leva, em média, dois dias”, conta Marcolini.
Polêmico ou não, o Bom Gourmet resgatou a receita da chef Beth Vieira, que faz sucesso há quase dez anos no nosso site, para dar uma chance a quem quer experimentar e para satisfazer a alegria de quem gosta da versão salgada do preparo italiano. Vamos lá?
  • 350 gramas de farinha de trigo
  • 150 gramas de manteiga
  • 4 unidades de gema de ovo
  • 1 unidade de Ovo inteiro
  • 30 gramas de fermento biológico
  • 50 gramas de açúcar
  • 5 gramas de sal
  • 100 gramas de tomate seco picado
  • 100 gramas de muçarela de búfala cortada em cubos médios
  1. Misture todos os ingredientes, exceto o tomate seco e a muçarela de búfala, para fazer massa.
  2. Depois de a massa se tornar homogênea, acrescente a muçarela e o tomate e deixe a massa descansar por cerca de 30 minutos em uma fôrma de panetone de 500 g.
  3. Asse em forno a 150° C por 35 minutos.
  4. Espere esfriar e sirva.

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