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Produtos & Ingredientes

“Maionese vegana da Hellmann’s é idêntica ou até melhor que a original”

Marina Mori
10/01/2019 18:36
“Ela é idêntica à original. Se você fizer um teste às cegas, não tem como saber qual é qual”, afirma o presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira, Ricardo Laurino, sobre o mais novo produto da Hellmann’s, a maionese vegana.
Lançada no fim de 2018, a versão é livre de ingredientes de origem animal e conta com o selo de certificação vegana pela SVB. O músico, apresentador e proprietário do restaurante vegano Central Panelaço, João Francisco Benedan (mais conhecido como João Gordo), também aprovou a novidade. Segundo uma publicação feita em seu perfil no Instagram nesta quinta-feira (10), a maionese vegana da Hellmann’s é igual ou “até mais gostosa” que a tradicional.

Maionese sem ovo?

Nova maionese da Hellman's exibe selo da Sociedade Brasileira Vegana. Foto: Divulgação.
Nova maionese da Hellman's exibe selo da Sociedade Brasileira Vegana. Foto: Divulgação.
Por definição, maionese é um molho francês clássico à base de ovos, vinagre, limão, azeite e sal, batidos até adquirir consistência de emulsão, segundo o Pequeno Dicionário de Gastronomia. Para tornar seu produto vegano, a Hellmann’s fez poucas alterações na composição.
Os ingredientes são basicamente os mesmos que compõem a versão clássica. A diferença é a substituição dos ovos pasteurizados pela maior adição de amido modificado e do estabilizante goma xantana.

Polêmica

O post de João Gordo rendeu uma série de comentários polarizados em relação à novidade. Para muitos veganos, a oferta de mais produtos sem origem animal no mercado é um sinal de crescente visibilidade da filosofia. Do lado oposto, muitos criticam o consumo de industrializados e tentam promover boicotes às multinacionais. No caso da maionese vegana, as críticas são direcionadas à Unilever, grupo detentor da marca Hellmann’s.
Apesar de garantir que não realiza testes em animais, a multinacional afirma que, ocasionalmente, alguns produtos precisam passar pelo procedimento. É o caso de marcas comercializadas na China, onde o governo exige testes em todos os insumos que entram no país.
“A mesma empresa que utiliza animais a torto e a direito a nível industrial agora pegou carona na popularização do veganismo. Só isso. Pra tirar uma grana e pagar de empresa “limpa”. Não tô te tirando não, Gordo. É só uma reflexão. Abraço”, comentou um internauta em resposta à publicação de João Gordo.
“Mas a ideia não era expandir o mercado e tornar o veganismo acessível a todos? Derrubar essa ideia de “veganismo elitista”? Infelizmente grandes empresas produzindo podem oferecer um preço mais barato e incluir mais pessoas na causa. Por mais sujo e oportunista que seja, não da pra galera de renda baixa apoiar apenas as empresas pequenas que tão chegando agora. É a mudança social que tanto queremos”, dizia outro comentário.

Mais cara e difícil de achar

Apesar de ter sido lançada há pouco mais de três meses no Brasil, ainda é difícil encontrar a maionese vegana da Hellmann’s nos supermercados, segundo muitos internautas. “Já procurei no Extra, Pão de Açúcar, Master, não encontro em nenhum lugar e moro numa das regiões mais veganas de sp”, reclamou uma seguidora de João Gordo em seu post.
Em uma pesquisa online, o Bom Gourmet procurou a maionese vegana da Hellmann’s nos principais supermercados de Curitiba. A embalagem de 250g está disponível apenas no Extra Delivery por R$ 7,39 – quase três reais mais cara que a versão tradicional.
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Como saber se um produto é vegano

O selo da SVB é a garantia de que um produto é vegano, ou seja, não contém nenhum insumo de origem animal e não passou por testes em animais. Para receber a chancela, é preciso que haja uma análise criteriosa feita pela equipe da SVB.
Dependendo da quantidade de insumos, a investigação pode levar de três a seis meses para ser concluída. “A gente faz um rastreamento de cada um dos insumos, até chegar na origem dele. Pegamos a documentação que comprova a procedência e conferimos todos os fornecedores”, explica Laurino.
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