13 comidas com nomes pra lá de curiosos

Você com certeza já experimentou cueca virada e pé-de-moleque. Mas já se atreveu a provar suvaco de cobra, mané pelado ou bicho-de-pé? Alguns pratos brasileiros – e muitos portugueses – ganham denominações engraçadas popularmente. Por trás do batizado das receitas, geralmente há alguma lenda de anos atrás ou simplesmente uma conclusão sobre a aparência da comida. Mas já adiantamos: é melhor não julgar o prato pelo nome, porque estes listados aqui são deliciosos!

Prato típico da comida caipira, a vaca atolada é feita com pedaços suculentos de costela bovina e mandioca. É muito popular em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Pernambuco.

Alguma teorias explicam o nome curioso do prato. Uma delas defende que a vaca atolada teria surgido no século XVII, quando os tropeiros buscavam por ouro em Minas Gerais. No trajeto, eles carregavam uma carne imersa em gordura, técnica que preservava o alimento. Nas jornadas, enfrentavam tempestades e era comum os gados encalharem. Nesse momento, eles faziam uma pausa no trajeto e comiam a carne envolta em gordura.

Cueca virada, também conhecida como ceroula virada, calça virada ou orelha de gato, é um doce feito com massa de farinha de trigo e ovos, moldado em tiras trançadas e polvilhadas com açúcar e canela. A forma do “nó” lembra uma roupa íntima masculina do lado avesso, ou então a orelha de um felino, por isso os nomes populares “cueca virada” e “orelha de gato”.

À primeira vista, o pensamento automático é a doença causada pelo bicho-de-pé. Mas o termo também se refere a uma comida: um brigadeiro cor-de-rosa feito com gelatina de morango ou pó de sabor morango. O doce tem esse nome porque antigamente era feito com morangos in natura, cujas sementes pretas lembravam a aparência da doença.

O biscoito de farinha de trigo recheado com doce de leite e coberto com chocolate ao leite é feito com bico de confeiteiro, o que confere pequenas ranhuras à massa. O formato do biscoito assado lembra a unha de um felino.

Creme, suspiro e banana. Esses são os ingredientes que compõem a sobremesa, bastante comum no Sul do Brasil. O nome se dá pelo fato de o doce ser cremoso e ter um aspecto mole.

Também conhecida como orelha de pau, a orelha de padre é uma espécie de panqueca americana, feita com farinha de trigo. O nome é bastante difundido no Nordeste do Brasil, mas informações sobre a origem do termo são desconhecidas.

Há discordâncias com relação à origem do nome do doce típico da culinária brasileira, que leva amendoim torrado e rapadura. Uma hipótese argumenta que o termo faz referência às calçadas irregulares de pedra de cidades históricas brasileiras como Paraty e Ouro Preto, onde o preparo é muito popular. Já outra teoria justifica que a denominação do pé-de-moleque surgiu na época em que quituteiras vendiam nas ruas os doces, que eram constantemente furtados por garotos. Elas então gritavam: “Pede, moleque!”.

Não é nada do que você está pensando. O “mané pelado” nada mais é que um bolo que mistura mandioca, queijo minas e coco ralado, muito tradicional na região Centro-Oeste do Brasil. Reza a lenda que o bolo homenageia um agricultor que tinha o hábito de colher mandioca sem roupas.

O bolo super popular no país inteiro é feito com chocolate, farinha de trigo, açúcar e ovos e geralmente é coberto por brigadeiro. As justificativas para a origem do nome são, mais uma vez, divergentes. Uma conta que o preparo foi criado acidentalmente por uma escrava, que derrubou chocolate na receita de um bolo. Como a mulher não falava português e não conseguia explicar o ocorrido, foi chamada de “nega maluca”. Outra versão da história diz que o apelido veio da substituição do leite por água fervente e da manteiga por óleo, ingredientes incomuns para a época.

O doce, uma mistura de queijo minas com banana, açúcar e canela, recebeu esse nome por causa dos trabalhadores da mineração de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso, que costumavam juntar os ingredientes.

Não é a viagem. Lua de mel é um pão doce bem macio, cuja receita varia de acordo com a região do país. Em Curitiba, o preparo é feito com creme de coco e passado no leite condensado. A origem do nome é desconhecida.

O nome nada apetitoso remete a um prato da culinária paraibana, feito com carne de sol, cebola, milho, tomate, manteiga e temperos, como coentro, cebolinha e salsinha. O motivo para tal denominação do preparo é misterioso. Uma explicação seria a tentativa de exprimir que a receita é tão boa que “não existe”, assim como as axilas da serpente.

O papo-de-anjo é um doce típico da culinária de Portugal à base de gemas de ovos e açúcar. O nome é um dos muitos da gastronomia portuguesa que remetem à fé católica. Isso porque o doce, feito por cozinheiras de convento, era vendido nos vilarejos do país, para fortalecer o orçamento do santuário.

O mote religioso também motivou o batizado de outros pratos portugueses como toucinho do céu (bolo à base de ovos e açúcar), barriga de freira (sobremesa com ovos, amêndoas e canela), fatia-de-bispo (uma espécie de rabanada) e pão-de-ló (um bolo esponjoso feito com ovos, açúcar e farinha de trigo), que homenageia Ló, sobrinho de Abraão.