Produtos & Ingredientes
Saiba quais comidas são a cara dos curitibanos
Os ingredientes nativos e o caldeirão cultural, resultado da diversificada imigração que Curitiba recebeu ao longo de seus 328 anos, completados nesta segunda-feira (29), trazem uma gastronomia única à cidade. De olho na celebração, a Pinó realizou uma ampla pesquisa para descobrir qual a cara do curitibano e, é claro, a gastronomia não poderia ficar de fora. Na pesquisa, a Pinó perguntou: Qual a comida que é a cara do curitibano? E aí, você tem um palpite?

Pinhão
No topo da lista ficou um ingrediente que tem tudo a ver com a paisagem da cidade, com suas frondosas e centenárias araucárias. O pinhão, que costuma ser consumido cozido ou assado, especialmente no fogão a lenha, ficou com 35,4% dos votos. Quando vai se aproximando o inverno, época em que as pinhas das árvores começam a soltar os pinhões, é comum ver o produto à venda em barraquinhas de rua, feiras e mercados. Além do consumo em seu estado quase natural, o produto cada vez mais é introduzido em receitas mais elaboradas, como no goulash de pinhão, do chef Felipe Miyake. O nosso colunista do blog Panela do Anacreon, Luiz Augusto Xavier, também ensina duas receitas com o ingrediente.

Carne-de-onça
Em segundo lugar está a carne-de-onça, que gera alguma confusão para os forasteiros, já que tem um nome que remete ao animal em extinção, a despeito de ser feito de carne de boi crua. A receita, que leva ainda cebola, cebolinha e mostarda preta sobre pão integral, é tão popular na cidade que existe uma categoria do Prêmio Bom Gourmet dedicado à iguaria, que já virou prato de alta gastronomia pelas mãos do chef 5 estrelas Igor Marquesini, do Igor. Mas se você quiser preparar a versão mais tradicional, é só seguir a receita do chef Rodrigo Taruhn.

Pastel de feira
Em terceiro lugar está um prato que, na verdade, parece ser uma paixão nacional. O pastel de feira, seja com seus tradicionais recheios de carne e queijo ou com opções mais criativas, como estrogonofe e palmito, foi apontado como "a cara do curitibano" por 14,1% dos entrevistados. Com a massa sequinha por fora, frita pelo processo de imersão, o prato está presente em feiras, botecos e transita com desenvoltura, vez ou outra, em menus de restaurantes mais requintados. Em 2019, o ganhador da categoria do Prêmio Bom Gourmet recebeu mais 20 mil votos.

Pão com bolinho
Com 12,7 % dos votos, o pão com bolinho tem até festival na cidade, promovido pela turma do Curitiba Honesta. A aposta, aqui, é na simplicidade da receita, que leva um bolinho de carne generoso, geralmente frito, dentro de um pão francês ou de casca crocante, com uma ou outra variação. Outros ingredientes também costumam ser incluídos, como maionese, picles e tudo mais que a criatividade do chef permitir. O prato é uma presença certa nos principais bares e botecos da capital paranaense.

Chineque
O pãozinho doce, que costuma levar uma quantia generosa de farofa doce em seu topo, com farta variação de sabores e ingredientes, recebeu 8,7% dos votos na pesquisa Pinó. O nome do preparo tem tudo a ver com a sua origem alemã e deriva da palavra schnecke, que significa caracol, justamente o formato dado à massa antes dela ir ao forno. Assim como outras iguarias, o chineque já foi foco de disputa do Prêmio Bom Gourmet na categoria Sabor Popular. O último vencedor, de 2019, foi o chineque da Mannah Panificadora, de banoffee.

Rollmops
Talvez por ser mais popular entre os bebedores de cerveja dos bares da cidade, o roolmops ficou com apenas 1,7% dos votos da pesquisa, o que não tira a representatividade do prato. A capital já teve até competição promovida por Délio Canabrava, no bar Canabenta, para saber quem comia mais unidades da conserva feita com cebola envolta com filé de arenque ou outro peixe que caia bem na receita, curtida em vinagre e vinho branco. O prato, assim como a carne-de-onça e o chineque, são de origem alemã.
