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Produtos & Ingredientes

Physalis não vai só na decoração! Use em caldas e molhos para pratos doces e salgados

Monique Portela, especial para a Gazeta do Povo
03/12/2019 12:00
De origem andina, a exótica frutinha amarela geralmente está presente na confeitaria. Envolta em um delicado cálice frutífero que se assemelha a uma folha seca, a physalis costuma ser usada para guarnecer bolos, tarteletes e outros doces finos. O uso decorativo impera, tanto pela apresentação sofisticada da fruta in natura quanto pelos preços nos supermercados, que chegam a ser tão azedos quanto o seu sabor. “É uma fruta pouco aromática e com acidez moderada quando crua, esse é o grande impedimento para usá-la como ingrediente principal”, aponta o chef Juliano Mascara, do Kaesemodel Gastronomia.
Nos preparos salgados, a physalis pode ser usada em receitas para trazer um sabor mais tropical, com um toque de acidez. Foto: Nay Klym/Gazeta do Povo
Nos preparos salgados, a physalis pode ser usada em receitas para trazer um sabor mais tropical, com um toque de acidez. Foto: Nay Klym/Gazeta do Povo
Mas, em alguns preparos, a acidez pode favorecer a receita – em especial quando compõe pratos salgados. No Nuu Nikkei, restaurante que mistura as culinárias japonesa e peruana, a frutinha típica das florestas tropicais está presente no cardápio desde sua inauguração. Ela faz sucesso no molho que acompanha diversos preparos da casa, o Nuu Passion, que mistura o fisális (na grafia em português) com o maracujá. “Ele combina com peixe, camarão, saladas”, aponta o sushiman da casa, Flávio Ricardo dos Santos. E o preparo é simples, como você pode conferir na receita que Flavio adaptou para compartilhar no Bom Gourmet desta semana.

Doces

A maior contribuição da fruta é a acidez. Por isso, faz um bom contraponto em receitas mais gordurosas e açucaradas, como aquelas que levam chocolate ao leite, por exemplo. Também pode ser trabalhada em caldas e geleias, quando a physalis ganha o açúcar que lhe falta. “A fruta crua in natura é um pouco sem graça, mas quando preparada, ganha potência nos sabores. Com certeza o uso em calda e geleias é a melhor opção”, afirma o chef Juliano. Depois, está pronta para figurar como cobertura ou recheio para bolos e tortas.

Salgados

Já nos preparos salgados, ela é bem-vinda em todas as receitas que pedirem um sabor mais tropical, com um toque de acidez. Peixes e frutos do mar são os favoritos. Quanto às formas de preparo, a sugestão do chef Juliano é tratar a fruta como se fosse um tomate, já que faz parte da mesma família de plantas, juntamente ao pimentão. “Pode virar um belo molho, pode ser confitada com alho, ervas e azeite. Pode virar um chutney, por exemplo”, sugere. Em molhos, a dica é fazer uma redução com açúcar para criar uma combinação agridoce.

Cultive em casa

O problema das receitas que valorizam a fruta como ingrediente principal é o rendimento, já que a fruta é cara e pequena. Mas quem quiser se aventurar pode cortar a frutinha ao meio e plantá-la na terra ou em vasos, para tê-la à disposição durante boa parte do ano. “Ela é cara aqui no Sul, porque no Nordeste ela dá em todo quintal”, afirma Flavio. De fato – ela prefere o clima quente e seco, mas tem certa tolerância ao frio, o que permite que seja cultivada também nos quintais curitibanos.

Durabilidade

Depois de colhida, a fruta dura até duas semanas em refrigeração. Pode também ser congelada. A recomendação é higienizá-la e depois congelar as frutas inteiras, em porções, por até um ano.
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