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Produtos & Ingredientes

Sucos, queijos, iogurtes e achocolatados: comidas que parecem, mas não são

Eloá Cruz, especial para o Bom Gourmet
01/07/2019 18:00
Quando estamos no supermercado, vamos à procura de alimentos que por muitas vezes não são exatamente o que imaginamos. Aquele suco de frutas muitas vezes tem mais aditivos do que fruta em si. Tem também aquele “queijo tipo”, que não é exatamente aquilo que imaginamos. Isso sem falar no achocolatado, que leva muito menos cacau do que você imagina.
A bebida láctea, diferente do iogurte natural, é produzido com soro de leite. Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo.
A bebida láctea, diferente do iogurte natural, é produzido com soro de leite. Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo.
Bebida láctea x iogurte
Como opção de baratear o custo, a bebida láctea usa como parte da matéria-prima o soro de leite. E é isso que o difere do iogurte, que é fabricado a partir do leite. Quando se faz queijo, só 10% do leite é aproveitado — já que os outros 90% são o soro. “Antes esse soro era descartado, mas agora é usado para ração animal e também para as bebidas lácteas”, explica a consultora Laura Karam. Um produto só pode ser considerado iogurte se o produto for produzido com 100% de leite, segundo a Anvisa.
Achocolatado, chocolate em pó e cacau em pó
Quem cozinha consegue descobrir logo a diferença. O cacau em pó, dentre os três, é o menos processo e por isso tem mais qualidade para cozinhar. “Tanto o chocolate em pó quanto o achocolatado tem açúcar na composição, mas algumas marcas de achocolatado chegam a ter apenas 32% de cacau na composição”, afirma a nutricionista Sayuri Ribeiro Vakimoto, do Hospital Santa Cruz.
Polpa, suco, néctar e refresco
As bebidas minimamente processados são os mais próximas do natural. A polpa, por exemplo, é a fruta pura minimamente processada. Depois vem o suco – com 50% de polpa. O néctar vem logo em seguida, e variam de 20% a 30% de polpa. E já a fruta que vem no refresco passa por processos e se transforma em pó e podem ter em sua composição aromas artificiais, corantes e conservantes.
Queijos e embutidos
Quando se pensa em presunto tipo Parma, queijo tipo Gouda e até o queijo tipo Camembert, às vezes se fica na dúvida se o produto “tipo” é uma versão de baixa qualidade em relação aos originais. A verdade é que eles não são são produtos inferiores, mas por serem produzidos fora das regiões tradicionais de fabricação, não podem ser classificados como originais. Por isso a denominação “tipo”.
A produção do presunto cru tipo Parma é um bom exemplo disso. “Ela é baseada na técnica italiana, mas com tecnologia brasileira – o que não significa que o produto não tenha qualidade”, esclarece a consultora de alimentos Laura Karam.
Até mesmo o queijo brasileiro Catupiry tem seus similares no mercado. “Mesmo ele sendo daqui do Brasil, o produto só é considerado Catupiry se for fabricado pela marca mineira”, explica Laura Karam.  Não só os queijos e frios têm essa peculiaridade, com o Champagne também é assim – lembra a consultora: “se não for da região de Champagne, na França, só pode ser considerado como espumante”.
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