Prêmio Bom Gourmet
"Um olhar atento à necessidade do cliente". 5 perguntas para o Chef 5 Estrelas Felipe Miyake

Felipe Miyake, chef e um dos sócios-proprietários do Duq Gastronomia, eleito mais uma vez Che 5 Estrelas no Prêmio Bom Gourmet. Rubens Kato
Felipe Miyake é de poucas palavras e de muito trabalho. Eleito Chef 5 Estrelas pela quinta vez no Prêmio Bom Gourmet, está desde 2023 à frente do Duq Gastronomia, ao lado dos sócios José Vinícius Chupil, sommelier também premiado no Prêmio, e Alexandre Abage. Pela segunda vez eleito um dos 30 melhores restaurantes do Paraná, e um dos 100 melhores do país segundo ranking da revista Exame, o estabelecimento é dos símbolos do momento atual da gastronomia em Curitiba, interessada em qualidade, criatividade e inovação.
Miyake, que começou a carreira em São Paulo, aprendeu em Belém (PA) técnicas da culinária regional e compreendeu a importância dos produtos locais para obter o melhor resultado final. De volta à capital paulista, passou por casas importantes - Due Cuochi (do chef Paulo Barros) e Girarrosto (dos chefs Massimo Barleti e Salvatore Loi) - até vir em 2014 para o francês La Varenne, em Curitiba. Em 2023, abriu com os sócios o Duq, de olho na cozinha contemporânea.

Esta não é a primeira vez que você é eleito Chef 5 Estrelas. Como é ser lembrado mais uma vez como um dos nomes mais criativos da gastronomia de Curitiba pelo Prêmio Bom Gourmet?
Ser lembrado e ainda receber o prêmio de chef 5 estrelas é sempre muito gratificante, ainda mais com 37 chefs sendo indicados, mostra que o trabalho feito ao longo do ano foi bem conduzido.
O Duq está novamente na lista dos 30 Melhores Restaurantes do Paraná. Venceu a categoria Carta de Vinhos pela segunda vez consecutiva, e ainda foi indicado na categoria Carta de Drinks. O restaurante entrou também este ano na lista dos 100 melhores da Exame. Como é trabalhar para manter a casa sempre entre os melhores?
É um trabalho constante, manter o padrão de qualidade seja nos pratos ou no serviço, sempre em busca de novos produtos, produtores, técnicas, tendências e um olhar atento com a necessidade e busca do nosso cliente.
Uma carreira produtiva como a sua é, muitas vezes, marcada por um turning point, muitas vezes definitivo para a revisão ou acerto de rota. Você consegue estabelecer um na sua vivência como chef de cozinha?
Acho que o duq foi um turning point na minha carreira, pela maturidade profissional, que só se adquire com o passar dos anos na profissão e por olhar o restaurante agora também como gestor, não só como cozinheiro ou chef de cozinha.
Há algo no segmento da gastronomia que você ainda não tenha feito e que planeja fazer?
Creio que viajar, vivendo e conhecendo novas culturas e costumes é uma coisa que sempre gosto de fazer, já fiz muitas vezes mas ainda tenho muito mais a fazer.
Uma das marcas do Duq são os menus sazonais e a sua criatividade na elaboração dos pratos desses menus. Se pudesse resumir seu estilo de cozinhar e seu olhar para as possibilidades que a gastronomia oferece em apenas um prato, qual seria?
Um prato favorito é muito difícil de elencar, gosto de comer e cozinhar de acordo com o momento, clima, lugar e companhia.