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Como foi a prova que definiu a melhor cerveja de 2018
Nossa cultura cervejeira é tão notória que já rendeu a Curitiba o título informal de capital da cerveja artesanal do Brasil. Se até 2010 eram apenas quatro as cervejarias artesanais na região, hoje elas somam dezenas. E não foram só as panelas que se aqueceram: os bares especializados se multiplicaram, consolidando nosso mercado que é tão reconhecido e admirados país afora. Afinal, na terra das araucárias estão muitas das marcas reconhecidas e premiadas nacional e mundialmente.
Traduzir esta excelência, portanto, não é uma tarefa simples para o Prêmio Bom Gourmet. Para acompanhar esta revolução, desde o ano passado mudamos a forma de avaliar a produção artesanal de cerveja e dividimos o nosso julgamento em duas etapas.
Na primeira, um seleto time de jurados (composto por hobbystas, conhecedores e entusiastas) foi convidado a dar suas indicações, conforme seu gosto e bagagem cervejeira. Cada um, então, indicou dois rótulos de sua preferência, independentemente de estilo. As únicas exigências é que eles tivessem um calendário fixo de produção e fossem elaborado por empresas juridicamente constituídas e credenciadas no Ministério da Agricultura e Pecuária. Esta primeira fase resultou em 17 indicações – um rótulo foi sugerido por dois jurados – que seguiram para a segunda etapa da avaliação: a degustação às cegas.
Tanto os juízes quanto o curador atestaram a grande qualidade dos rótulos indicados. “Podemos dizer que mais da metade destes rótulos já recebeu alguma medalha em concursos nacionais, o que mostra que os jurados fizeram ótimas indicações”, justificou Celso.
Prova às cegas
Para a prova final a preparação começou cedo, com o pedido às cervejarias que enviasse seus produtos para o Prêmio, afinal, a ideia era que tivéssemos amostras em perfeitas condições.
No dia 2 de agosto, recebidas e identificadas as amostras, os oito juízes entraram em ação e participaram da prova às cegas, conduzidos pelo curador da prova, nosso colunista Luis Celso Jr., que também é juiz certificado e já está habituado às degustações às cegas. Nesta prova, nenhum dos juízes sabiam quais eram os rótulos que estavam julgando, sabiam apenas a que estilo pertenciam. “Como são estilos diferentes, usamos um critério objetivo, que não compara uma cerveja com a outra, mas que diz o quanto este rótulo atende o que se espera de melhor no seu estilo”, explica Celso. Para garantir o sigilo os juízes foram mantidos em uma sala isolada enquanto o serviço ocorria na cozinha do Bom Gourmet, na sede da Gazeta do Povo.
Para dar mais agilidade e dinâmica à prova, Celso dividiu os juízes em duas mesas, e cada rótulo foi degustado individualmente pelos dois grupos, que julgaram 9 (mesa 1) e 8 cervejas (mesa 2). O julgamento seguiu os critérios da BJCP (Beer Judge Certification Program) e após as provas as cervejas foram ranqueadas conforme suas notas.
Best of Show
As oito melhores, de acordo com as notas, passaram então por mais uma rodada de provas, também às cegas, chamada Best of Show nos concursos cervejeiros. Desta vez, porém, os jurados receberam todas as amostras simultaneamente, e finalmente elegeram a que mais se destacou na prova.
Curadoria da prova
A curadoria de todo o processo foi do jornalista, consultor e sommelier de cervejas, Luis Celso Jr.
Conheça o Júri Técnico que participou das degustação às cegas:
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