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Preço do café segue alto e alimentos pressionam inflação, a menor para janeiro desde 1994

Bom Gourmet, com Agência Brasil
11/02/2025 15:26
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Dentro do grupo de alimentos, o preço do café é o que mais pressiona a inflação e que deve continuar elevado, apesar da perda de força da inflação em janeiro, que ficou em 0,16%. Este foi o menor resultado para o primeiro mês do ano desde 1994, ou seja, antes do Plano Real, de julho daquele ano.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) explicou nesta terça-feira (11) que a desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tem como principal fator o Bônus Itaipu, desconto que milhões de brasileiros tiveram na conta de luz do mês passado.
Em dezembro de 2024, o IPCA tinha ficado em 0,52%. A desaceleração não significa que os preços ficaram mais baixos, e sim que, na média, subiram em menor velocidade.
Alimentos e bebidas tiveram alta de 0,96%, a quinta seguida. Esse grupo contribuiu com 0,21 p.p. do IPCA de janeiro. As maiores pressões entre os subitens alimentícios vieram do café moído (8,56% e impacto de 0,04 p.p.), tomate (20,27% e 0,04 p.p.) e cenoura (36,14% e 0,02 p.p.).
O preço do café, subitem alimentício que mais pressionou para cima a inflação, deve manter o preço em alta, de acordo com produtores. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a previsão é que o preço do café suba entre 20% e 25% nos próximos meses.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea), questõs climáticas têm prejudicado a produção mundial de café, prinicpalmente na América do Sul e na Ásia. O impacto se registra nos preços, que em 2024 dobraram no mercado global.
Considerando qualquer mês, o resultado de janeiro é o menor desde agosto de 2024, quando houve inflação negativa de 0,2%. Em janeiro de 2024, o IPCA tinha marcado 0,42%. Agora, caiu para 0,16%. No acumulado de 12 meses, o IPCA soma 4,56%, acima da meta do governo. Em dezembro, o acumulado era de 4,83%.
A meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, um intervalo de 1,5% a 4,5%.

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