Bom Gourmet
Dia dos avós: conheça os pratos que marcam a equipe do Bom Gourmet

Neste Dia dos Avós, a equipe Bom Gourmet homenageia suas familias recordando pratos afetivos. Crédito: Aleksandra Nakic.
A comida é afeto. Mais do que saciar a fome e ser um conforto no paladar, ela cria vínculos, desperta memórias e constrói laços entre gerações. Em muitas famílias, essa referência começa nos avós. Seja um prato elaborado ou um quitute de café-da-tarde, são os momentos juntos, jeitos únicos de temperar e histórias contadas que ensinam que cozinhar também é amar.
Para celebrar o Dia dos Avós, comemorado neste sábado, dia 26 de junho, a equipe do Bom Gourmet decidiu compartilhar suas memórias e relembrar um prato especial preparado por seus avós. Um prato que marca mais do que o paladar, mas a história de cada um.
Frango cozido com cuscuz de milho da Vó Toinha
A head do Bom Gourmet, Caroline Olinda, tem na memória o frango cozido com cuscuz de milho, preparado pela Vó Toinha. A receita marca uma de suas primeiras lembranças de infância, da família reunida em torno da mesa enquanto saboreava o prato que a avó sempre fazia.
O cuscuz, simples e tradicional, é feito hidratando o flocão de milho com água e sal, deixando descansar e cozinhando na cuscuzeira. Na hora de servir, é misturado com manteiga, tomate e cebola picados em brunoise e o toque especial da Vó Toinha está no coentro, que confere sabor único ao prato.
Nhoque de batata da Vó Noêmia
Segundo Fernando Henrique de Oliveira, coordenador de conteúdo da Pinó, sua vó Noêmia coleciona receitas desde o berço e sempre gosta de lembrar de como sua mãe preparava cada uma delas. Mas o prato que abre o apetite de Fernando e desperta aquele sentimento bom que só uma comida de vó pode dar é o nhoque de batata.
A receita da massa segue a versão mais tradicional (com batata, trigo e sal), mas a Vó Noêmia tem seus segredos para deixar a massa mais leve. E isso ela não conta. Para acompanhar, um molho ralo de tomate com carne moída (não chega a ser a tradicional bolonhesa), que incorpora a água do cozimento. Para acompanhar, frango caipira ensopado, como era tradição dos imigrantes italianos da roça - ou pelo menos os da família da Vó Noêmia.
“Peixe rico” do Vô Bastião
Já para Beatriz Ponte, gerente de comunidade do Bom Gourmet e FoodCo., o prato escolhido foi o “Peixe rico”, que leva filés de salmão assados com uma camada de queijo, presunto, tomates e pimentões. A receita é do avô Sebastião, conhecido como Bastião entre amigos e família, e aparece sempre que a família consegue se reunir, apesar de morarem espalhados pelo país: ele no litoral nordestino, ela na capital paranaense.
Cozinheiro de mão cheia e mestre na criação de apelidos, o avô deu nome ao prato ainda na infância de Beatriz e seus irmãos. Eles acharam que aquele peixe “era mais recheado, mais rico” que os demais, e o nome acabou ficando, assim como a tradição. O prato é sempre servido acompanhado de uma salada fresca de folhas verdes, que ele adora.
Pé de moleque da Vó Margot
Toda vez que o Gabriel Faria, repórter e produtor de podcasts do Bom Gourmet, ia visitar sua avó Margot, era recebido com um cheiro de amendoim e caramelo que indicavam que havia uma fornada fresquinha de pé de moleque o esperando. Era costume fazer duas versões, uma com os amendoins inteiros e a outra com o amendoim moído. Por mais que a vó Margot falasse que o doce era para as crianças, ninguém se aguentava quando viam a fornada pronta e o doce acabava em poucos minutos.
Bolachas da Vó Nina
A maior lembrança que o Guilherme Dias, analista de projetos do Bom Gourmet, envolvem estar em torno da mesa, nos almoços na casa da Vó Nina e suas famosas bolachinhas. A bolacha segue uma receita simples, de farinha, mas sempre reunia os netos para preparar junto dela, com as forminhas diferentes para dar molde nas bolachas.
Depois de prontas, saía para distribuir pela vizinhança ou até chamar o pessoal para sua casa para comer acompanhado de uma xícara de café. Ou no caso da Nina, várias. Segundo Guilherme, sua avó tomava umas 10 xícaras por dia e não aceitava que os netos não a acompanhassem.